Sol, Calor, Bebidas Frescas, e Música. Muita música. Eram estas as maiores promessas do festival de Verão Sol da Caparica. E, como não podia faltar, houve hip-hop para dar e para vender. | Texto: Leandro Peleja | Fotografia: Diana Reis e Rafaela Ramos
A sexta edição do festival realizado em Almada
trouxe os portugueses Carlão, Fred (Ex- 5:30), Boss AC, Plutónio, Mishlawi,
TrueKey, Força Suprema, e ainda o rapper brasileiro Gabriel, o Pensador.
O festival, mantendo o cartaz tradicionalmente
lusófono, deu-nos 3 dias de boa música e muitas memórias para guardar. Sendo
que a grande novidade foi o palco dedicado aos comediantes.
Após o primeiro dia, mais dedicado ao Kizomba
e ao Pop, chegámos ao segundo com a atuação de Diana Lima. Infelizmente não
trouxe nenhum convidado, mas foram várias as pessoas que vibraram ao som das
músicas feitas em conjunto com Monsta e Deezy. Depois seguiu-se Fred, ex-membro
do grupo 5:30, com um espetáculo que nos fez entrar no “momento” e mexer o
corpo. E, para terminar a noite em grande (pelo menos para os amantes de
hip-hop), Carlão. A jogar claramente em casa, o Almadense, ex-Da Weasel, meteu
toda a gente a saltar e a vibrar com os seus êxitos.
E assim chegámos ao terceiro dia. Exaustos
pelas poucas horas de sono, e pela correria de andar entre os vários palcos do
festival para não perdermos nenhum concerto. Mas, ainda assim, muito ansiosos
pelo grande dia. O Dia D. O dia mais “hip-hopiano” deste festival! Nesta
altura já se sabia que o primeiro dia do festival tinha batido o seu recorde de
assistência com 23000 pessoas! Mesmo assim, foi sem espanto, que encontrámos o
recinto completamente lotado. Filas intermináveis para entrar.
Já com o palco recheado, mesmo prejudicado
pelas filas para entrar no recinto, Truekey abriu o dia com um espectáculo que
contou com NastyFactor (GrogNation) como convidado. Um concerto quer teve “um
cheirinho do projecto que vem aí”. Em entrevista exclusiva revelou-nos que o
festival “apesar de se manter tradicionalmente lusófono, consegue ter grandes
nomes em palco” e isso só prova o valor da música nacional.
Seguiu-se a Força Suprema, desta vez com os quatro membros originais (Nga, Prodigio, Don G e Masta), em palco. Um espectáculo electrizante. Que contagiou o público (cada vez mais!), que “snifou cada linha” do grupo da Linha de Sintra. Mas foi com a chegada de Plutónio que se registou a maior enchente de público junto ao palco. O rapper da Bridgetown trouxe ao palco os seus mais recentes êxitos, vibrando com a assistência. Em entrevista à Hip Hop Rádio, o rapper confessou que já está a preparar o seu próximo álbum, e que ainda hoje se assusta com o tremendo sucesso que “Meu Deus”, uma música com conteúdo, tem vindo a fazer. Logo de seguida veio o outro rapper da Bridgetown, Mishlawi, que terminou o grande espectáculo começado pelo seu colega.
Enquanto isso, no palco principal, Boss Ac
cantou os seus maiores clássicos, juntamente com algumas músicas do novo álbum.
E depois surgiu o rapper brasileiro, Gabriel, o Pensador. Entrando em palco com
“Matei o Presidente”, Gabriel seguiu viagem com as suas músicas mais
conhecidas, levando o público a acompanhar cada verso da “parada”. Quase
a terminar a noite, Richie Campbell trouxe um concerto cheio de energia, boas
memórias e bons momentos. Sendo que o momento mais alto da actuação foi a
presença de Plutónio e Mishlawi em palco para o tema “Rain”. No fim, surgiram
os Karetus para “partir a casa toda”. Passando vários sons da actualidade do
hip-hop nacional e internacional, levaram o público ao rubro. Meteram pessoas a
cantar e a saltar. E foi ao som de “Maluco”, dos Wet Bed Gang, que todos,
armados em malucos, saltámos o mais alto possível. E, por momentos, pareceu que
tocámos na Lua da Caparica. Nós. Todos nós. Os 37000 que tinham acabado de
bater o maior record de assistência de sempre no festival na “Margem Certa do Rio”,
como Carlão salientou (e bem!).
E depois de um último dia dedicado ás crianças
e aos amantes de djing, terminou o festival. “A melhor edição de sempre do
festival”, segundo alguns ouvintes entrevistados. Que Show! Que Show da
Caparica. Vemo-nos para o ano, Sol! (O festival, claro! Porque o Sol da
Caparica não se vai pôr assim tão cedo.)
Podes consultar a foto-galeria por Diana Reis (dia 16) aqui e Rafaela Ramos (dia 17) aqui.