First Steps Porto 2018: um pequeno passo para a criança, um grande salto para o Hip Hop

Nos dias 14 e 15 de julho, o Museu Nacional de Soares dos Reis recebe a sexta edição do First Steps Porto e promete um fim-de-semana repleto de dança, música e arte urbana.
Surgido, inicialmente, com o objetivo de incentivar alunos de danças urbanas a participarem em batalhas de freestyle (apresentações de dança improvisada no momento, com música escolhida pelo Dj), a presente edição contará também com batalhas para bailarinos com experiência e workshops em todas as áreas da cultura Hip Hop.

O formato deste projeto é único em território nacional, uma vez que une num evento anual 5 áreas artísticas diferentes, proporcionando formações de qualidade, abertas ao público e gratuitas.
Aliado ao objetivo de criar um palco para os novos talentos, a First Steps Porto também se carateriza pelo seu cariz social, tendo angariado cerca de 1200€, em 5 edições, para instituições e projetos sociais. Este projeto tem sido realizado por uma equipa de voluntários, que conta com apoio de patrocinadores esporádicos para assegurar a continuidade do mesmo. A recetividade tem sido positiva, tendo recebido durante os 5 anos, mais de 2 mil participantes, provenientes de vários países, entre os quais: Espanha, França, Bélgica, Finlândia, China, Venezuela e Brasil.

A aventura começou em 2011, com um evento com poucos recursos na cidade de Famalicão. Após um feedback surpreendentemente positivo decidiu avançar, em 2013, com um projeto mais estruturado, na cidade do Porto. Esta edição contou com workshops de professores reconhecidos e todos os fundos angariados reverteram para o Lar Nossa Senhora do Livramento. Com o apoio  deste, a edição de 2014 foi realizada na Sala 2 da Casa da Música, tendo sido um fator importante para a visibilidade e consequente incremento no número de  participantes espectadores.

A 4a edição da First Steps teve uma nova e acolhedora casa: o Museu Nacional de Soares dos Reis, no coração da cidade do Porto. O formato, neste ano, foi expandido, tendo sido criada outra competição destinada aos bailarinos mais experientes. Mas não ficou por aí. Em 2016 e 2017, o projeto apostou também em formações nas áreas do graffity, djing e beatbox.

Os fundos angariados reverteram sempre para causas sociais que foram, em 2016, a associação ASAS de Ramalde e, em 2017, o Marco – um jovem que sofreu um acidente que o deixou totalmente paralisado. Encontra-se há 3 anos num processo de recuperação lento da fala, movimentos motores e raciocínio e todos os fundos angariados da presente edição reverterão novamente para ele.

A cultura Hip Hop mostra assim a força que pode ter.
Cada pequeno passo de dança, cada pequeno contributo monetário que se fizer, nos dias 14 e 15 de julho, é um salto gigante para o Hip Hop e, consequentemente, para a causa social a que se propõe.

Durante os dois dias de evento, desenvolver-se-ão atividades nas áreas urbanas da dança, graffiti, beatbox, mcing e djing, que estão descriminadas na imagem abaixo.


Escrito por Nuno Mina