Hip Hop Rádio

Concerto

Mais Um Tom de Azul – Cálculo apresentou “Royale” em Lisboa

Estávamos em pleno Halloween e a noite estava chuvosa, mas, fosse qual fosse o cenário, um concerto de Cálculo é sempre bom. O palco escolhido foi o Musicbox e a receção na capital não podia ter sido melhor.

Por Daniel Pereira \ Fotografia de Beatriz Dias

22h00 – portas abertas e uma casa (ainda) modesta – inicialmente o espetáculo seria na Casa do Capitão e dois dias antes, sendo a alteração por motivos meteorológicos. Passados dez minutos começa o concerto e a cena muda de figura. A música chama o público e o público chama a música. Quem foi, foi para ver, todos estavam à espera de ver apresentado ao vivo um dos álbuns mais melódicos (senão mesmo o mais) deste ano do rap tuga.

Cálculo percorreu todo o álbum como seria de esperar. Começou com “Quadro”, primeira faixa do disco que conta com a participação de Macaia que não esteve presente. Sem esquecer as sempre açucaradas intervenções de Steve September, houve sempre uma forte luz azul royale a iluminar o concerto. No fundo era possível ver uma alusão à “Royale Radio” e uma bela camisa azul que, confessamos, adoraríamos que Cálculo a tivesse vestido durante faixas como “Conflit$” ou “Mobile” para estas ganharem ainda mais groove.

Houve também algumas participações especiais como Nasty Factor para os temas “Boo” e “Bandida”, onde nesta última também entrou em palco Mace. Numa altura em que foram tocadas faixas de “A zul” e “Tour Quesa” como “Hugo” e “Não Paro”, Harold apareceu para “Iguais”, uma das faixas de maior sucesso do rapper de Barcelos.

“Caixinha” encerrou o concerto e o público presente foi fiel ao lema artístico de Cálculo: desprovido de (pre)conceitos e sem nunca colocar a música em gavetas, ou neste caso, em caixas.

Duas breves notas: em breve poderemos encontrar “Royale” em formato Vinil e há mais uma data de apresentação do álbum: 5 de novembro, no Hardclub.

DEAU x 22.10 x Hard Club

Passaram 16 anos. Não desde a última vez que tocaste ao vivo, mas desde a primeira vez que
pisaste este palco. Portugal tem imensos recintos e ainda assim, de Norte a
Sul, existem poucos como o Hard Club. Aliás, como a mítica sala 1 que parece ter energia
própria e que ganha vida sempre que é preenchida. Por Rita Carvalho | Fotografia de kito

Dizes ser um livro aberto, mas eu cá te acho uma caixinha de surpresas.
Passaram 16 anos, mas continuas com o brilho dos olhos do puto de 17 que pisava este
palco primeira vez. O mesmo brilho nos olhos de quando eras “apenas” um menino da
primeira fila. Porque tu és mesmo assim: independentemente de onde a vida te levar, tu
continuas humilde, sem disfarce, transparente e genuíno. Enfim, continuas D.E.A.U sabendo
nós todo o significado que esse conceito carrega.

Vimos o anular a nossa cultura durante quase 2 anos. 2 anos sem música, sem abraços, sem
saber o quão gratificante é estar horas de pé a curtir e a suar até nos faltar a voz e
magicamente nos ser atirada uma garrafa de água do palco capaz de nos fazer aguentar mais
10 horas de espetáculo. Fomos obrigados a viver em casulos este tempo todo… Mas tu fizeste
a espera valer a pena, afinal, o nosso dia precisaria da tua cor.

Desconfinamos aos poucos, com medo. Na passada sexta feira dia 22 de outubro, o medo não
teve lugar no Hard Club: Uma energia sem igual, sem horários, só tu e o teu público a celebrar
o teu novo projeto, “Cabeça a prêmio”. Todos juntos por um propósito: Música. A Tua Música.
Amas tocá-la ao vivo, e nós amamos ouvir-te. A ti, à tua Teresinha, ao Keso, ao Bezegol, ao
Mundo, ao Expeão e claro, ao DJ D-One.

A noite foi memorável como era de esperar: Não havia horas certas ou certas horas para o
início. O ponto de partida foi quando tu quiseste e nós estávamos lá à tua espera. Mostraste-
nos o que tens de novo, relembraste o que tens de antigo e ainda tiveste tempo de voltar as
origens e fazer Freestyle. Sempre com uma sede de energia do público como se fosse esta que
te alimenta e te faz continuar. Uma sintonia tão bonita que se via no brilho dos teus olhos.

Romances de autocarro são passageiros, mas este que crias connosco, com o teu
público, é vitalício. Tocar no nosso íntimo sempre foi o teu palco preferido. E nesse não há
nada que apague o teu império de sentidos. Dás-nos parte de ti e levas parte de nós.

Nunca deixes de ser o menino dos subúrbios que nós nunca deixaremos de ser
meninos da primeira fila.
Despedes-te sempre da mesma maneira, mas desta vez quem bate palmas somos nós:

OBRIGADA Daniel, ESTAMOS JUNTOS. BAMBORA.

Valete anuncia concerto único no Capitólio

14 de dezembro é o dia escolhido para concerto que terá como convidados DJ Ride, Chippie, Phoenix RDC, XEG e X-Tense.

Depois de o rapper estar em foco após ter assinado contrato com a Sony Music, o nome de Valete volta a vir à tona. Keidje Lima acaba de anunciar um espetáculo único, no dia 14 de dezembro, no Capitólio.

“Este concerto será para fechar e iniciar um novo ciclo. Celebraremos as musicas novas, mas também músicas antigas dos meus 2 primeiros álbuns. Algumas cantaremos pela última vez”, revelou o rapper na sua conta de Instagram.

Os bilhetes já estão à venda nos locais habituais.

Sol, praia e muita música: assim foi o “Show da Caparica”

Sol, Calor, Bebidas Frescas, e Música. Muita música. Eram estas as maiores promessas do festival de Verão Sol da Caparica. E, como não podia faltar, houve hip-hop para dar e para vender. | Texto: Leandro Peleja | Fotografia: Diana Reis e Rafaela Ramos

A sexta edição do festival realizado em Almada trouxe os portugueses Carlão, Fred (Ex- 5:30), Boss AC, Plutónio, Mishlawi, TrueKey, Força Suprema, e ainda o rapper brasileiro Gabriel, o Pensador.

O festival, mantendo o cartaz tradicionalmente lusófono, deu-nos 3 dias de boa música e muitas memórias para guardar. Sendo que a grande novidade foi o palco dedicado aos comediantes.

Após o primeiro dia, mais dedicado ao Kizomba e ao Pop, chegámos ao segundo com a atuação de Diana Lima. Infelizmente não trouxe nenhum convidado, mas foram várias as pessoas que vibraram ao som das músicas feitas em conjunto com Monsta e Deezy. Depois seguiu-se Fred, ex-membro do grupo 5:30, com um espetáculo que nos fez entrar no “momento” e mexer o corpo. E, para terminar a noite em grande (pelo menos para os amantes de hip-hop), Carlão. A jogar claramente em casa, o Almadense, ex-Da Weasel, meteu toda a gente a saltar e a vibrar com os seus êxitos.

E assim chegámos ao terceiro dia. Exaustos pelas poucas horas de sono, e pela correria de andar entre os vários palcos do festival para não perdermos nenhum concerto. Mas, ainda assim, muito ansiosos pelo grande dia. O Dia D. O dia mais “hip-hopiano” deste festival! Nesta altura já se sabia que o primeiro dia do festival tinha batido o seu recorde de assistência com 23000 pessoas! Mesmo assim, foi sem espanto, que encontrámos o recinto completamente lotado. Filas intermináveis para entrar.

Já com o palco recheado, mesmo prejudicado pelas filas para entrar no recinto, Truekey abriu o dia com um espectáculo que contou com NastyFactor (GrogNation) como convidado. Um concerto quer teve “um cheirinho do projecto que vem aí”. Em entrevista exclusiva revelou-nos que o festival “apesar de se manter tradicionalmente lusófono, consegue ter grandes nomes em palco” e isso só prova o valor da música nacional.

Seguiu-se a Força Suprema, desta vez com os quatro membros originais (Nga, Prodigio, Don G e Masta), em palco. Um espectáculo electrizante. Que contagiou o público (cada vez mais!), que “snifou cada linha” do grupo da Linha de Sintra. Mas foi com a chegada de Plutónio que se registou a maior enchente de público junto ao palco. O rapper da Bridgetown trouxe ao palco os seus mais recentes êxitos, vibrando com a assistência. Em entrevista à Hip Hop Rádio, o rapper confessou que já está a preparar o seu próximo álbum, e que ainda hoje se assusta com o tremendo sucesso que “Meu Deus”, uma música com conteúdo, tem vindo a fazer. Logo de seguida veio o outro rapper da Bridgetown, Mishlawi, que terminou o grande espectáculo começado pelo seu colega.

Enquanto isso, no palco principal, Boss Ac cantou os seus maiores clássicos, juntamente com algumas músicas do novo álbum. E depois surgiu o rapper brasileiro, Gabriel, o Pensador. Entrando em palco com “Matei o Presidente”, Gabriel seguiu viagem com as suas músicas mais conhecidas, levando o público a acompanhar cada verso da “parada”. Quase a terminar a noite, Richie Campbell trouxe um concerto cheio de energia, boas memórias e bons momentos. Sendo que o momento mais alto da actuação foi a presença de Plutónio e Mishlawi em palco para o tema “Rain”. No fim, surgiram os Karetus para “partir a casa toda”. Passando vários sons da actualidade do hip-hop nacional e internacional, levaram o público ao rubro. Meteram pessoas a cantar e a saltar. E foi ao som de “Maluco”, dos Wet Bed Gang, que todos, armados em malucos, saltámos o mais alto possível. E, por momentos, pareceu que tocámos na Lua da Caparica. Nós. Todos nós. Os 37000 que tinham acabado de bater o maior record de assistência de sempre no festival na “Margem Certa do Rio”, como Carlão salientou (e bem!).

E depois de um último dia dedicado ás crianças e aos amantes de djing, terminou o festival. “A melhor edição de sempre do festival”, segundo alguns ouvintes entrevistados. Que Show! Que Show da Caparica. Vemo-nos para o ano, Sol! (O festival, claro! Porque o Sol da Caparica não se vai pôr assim tão cedo.)

Podes consultar a foto-galeria por Diana Reis (dia 16) aqui e Rafaela Ramos (dia 17) aqui.

Mafiando Anjos70 Adentro

11/01/2019. O DJ Ricardo Farinha abriu as hostilidades mas a noite era dos Conjunto Corona. O relógio marcava as 21h46 quando o duo vindo do norte entrou no palco do Anjos70. Ao som de “187 no Bloco”, David Bruno (dB) e Logos acompanhados de Kron Silva e o icónico homem do robe entravam para aquela que seria uma hora frenética.

Seguidos por “Perdido na Variante”, o Anjos70 (que esteve lotado) entrou lentamente em ebulição. Muitos foram os cânticos ouvidos… desde “Gondomar” a “Ketamina”, estes fãs apaixonados que seguem religiosamente a dupla nortenha fizeram-se ouvir, e de que maneira, na capital.

 Naquele que foi o primeiro concerto dos Corona em 2019, tivemos de tudo: uma pequena pausa para o famoso hidromel ao som de “Funk e Dopamina” e um punhado de temas do novo disco “Santa Rita Lifestyle”, que aproveitando a ocasião estava a ser apresentado pela segunda vez em Lisboa, após o primeiro concerto há pouco mais de um mês no Musicbox.

Levaram o Anjos70 ao êxtase com “Pontapé nas Costas”. Com o “kampião” homem do robe no meio dos demais fãs, foram muitos os saltos e empurrões que se fizeram sentir.

De atrelado, tempo para alguns dos mais celebrados temas do grupo. Um pequeno “encore” pelos vários bairros de “Mafiando Bairro Adentro”, um kick de insulina com “Pacotes” e “Chino no Olho” cantados a plenos pulmões.

E foi esta a tónica que ditou o concerto dos peculiares Conjunto Corona: muita energia, boa disposição, humor e acima de tudo, música de qualidade.

Este gig ficou selado com nova passagem por “187 no Bloco” e “Santa Rita Lifestyle”, que antecedeu uma chuva de elogios e visível satisfação por parte de todo o público ali presente.

Esta dupla nortenha apresentou-se com grande maturidade e cumplicidade que aliada com toda a consistência e presença de Kron Silva e alguma insanidade do aclamado homem do robe, proporcionaram um concerto muito interessante de um dos grupos mais prolíficos e originais de momento em Portugal.

Reportagem por: Carlos Almeida

Velha E Nova Escola Juntas no Festival Académico de Lisboa

Artigo e Fotografias por: Carolina Costa

 

No passado fim-de-semana estivemos na Cidade Universitária para viver o que o Festival Académico de Lisboa havia preparado para todos os caloiros deste ano.

A noite de sexta-feira contou com Prof Jam para dar a lição e este não se poupou nos convidados, acompanhando-o assim no palco outros membros da Think Music como Yuzi, Lon3r Johny ou até Osémio Boémio, produtor do instrumental da tão fortemente aclamada “Yabba”. Um concerto bastante completo em que o público não desiludiu, cantando também temas mais antigos como “Viciada” até ao mais recente “Água de Coco”.

De seguida subiu ao palco o já veterano Valete, sendo assim uma junção da velha e nova escola na mesma noite. O contraste entre as duas atuações foi evidente, o que não fez alterar a energia do público, mostrando assim a força desta cultura e todo a diversidade que o movimento possui.

A segunda e última noite do festival foi onde se sentiu realmente a mudança que a cultura está a sofrer e este crescimento que já lhe permite encher recintos de tal tamanho. Apesar de nem todos os presentes terem conseguido ter a plena experiência do grande concerto dos Wet Bed Gang, devido ao som que não conseguiu chegar ao público do fundo, não deixou de ser um orgulho ver tanta gente junta por um movimento que evolui a cada dia que passa.

A velha e a nova escola podem coexistir, não é precisa toda esta rivalidade que parece surgir atualmente sobre quem é “real” ou não. A cultura tem espaço para todos, se a vibe estiver lá (e no Festival Académico esteve certamente), são sempre bem-vindos.

“A História do Hip Hop Tuga” vai ter novo capítulo


Segunda edição vai ter lugar em Lisboa, na Altice Arena, dia 8 de março de 2019. Bilhetes já à venda a partir de 20€.

“A História do Hip Hop Tuga” marcou o Sumol Summer Fest e o verão de 2017. Face ao sucesso do espetáculo, tanto dentro como fora de palco, o público poderá ver um novo capítulo já no próximo ano.

O conceito do evento é simples: percorrer a história do Hip Hop português – que conta com mais de 25 anos –  trazendo a palco nomes representativos desta cultura. Sam The Kid, General D, Black Company, NBC, Mind Da Gap, Dealema, Capicua, Allen Halloween, Dillaz ou GROGNation foram alguns dos nomes que subiram a palco no ano passado. A nova edição  contará com mais nomes, tanto rappers old school como emergentes, mas não só: também dj’s, writersb-boys completarão a festa.

O elenco será apresentado a partir de setembro. Entretanto, os bilhetes estão à venda na Blueticket e nos locais habituais.

First Steps Porto 2018: um pequeno passo para a criança, um grande salto para o Hip Hop

Nos dias 14 e 15 de julho, o Museu Nacional de Soares dos Reis recebe a sexta edição do First Steps Porto e promete um fim-de-semana repleto de dança, música e arte urbana.
Surgido, inicialmente, com o objetivo de incentivar alunos de danças urbanas a participarem em batalhas de freestyle (apresentações de dança improvisada no momento, com música escolhida pelo Dj), a presente edição contará também com batalhas para bailarinos com experiência e workshops em todas as áreas da cultura Hip Hop.

O formato deste projeto é único em território nacional, uma vez que une num evento anual 5 áreas artísticas diferentes, proporcionando formações de qualidade, abertas ao público e gratuitas.
Aliado ao objetivo de criar um palco para os novos talentos, a First Steps Porto também se carateriza pelo seu cariz social, tendo angariado cerca de 1200€, em 5 edições, para instituições e projetos sociais. Este projeto tem sido realizado por uma equipa de voluntários, que conta com apoio de patrocinadores esporádicos para assegurar a continuidade do mesmo. A recetividade tem sido positiva, tendo recebido durante os 5 anos, mais de 2 mil participantes, provenientes de vários países, entre os quais: Espanha, França, Bélgica, Finlândia, China, Venezuela e Brasil.

A aventura começou em 2011, com um evento com poucos recursos na cidade de Famalicão. Após um feedback surpreendentemente positivo decidiu avançar, em 2013, com um projeto mais estruturado, na cidade do Porto. Esta edição contou com workshops de professores reconhecidos e todos os fundos angariados reverteram para o Lar Nossa Senhora do Livramento. Com o apoio  deste, a edição de 2014 foi realizada na Sala 2 da Casa da Música, tendo sido um fator importante para a visibilidade e consequente incremento no número de  participantes espectadores.

A 4a edição da First Steps teve uma nova e acolhedora casa: o Museu Nacional de Soares dos Reis, no coração da cidade do Porto. O formato, neste ano, foi expandido, tendo sido criada outra competição destinada aos bailarinos mais experientes. Mas não ficou por aí. Em 2016 e 2017, o projeto apostou também em formações nas áreas do graffity, djing e beatbox.

Os fundos angariados reverteram sempre para causas sociais que foram, em 2016, a associação ASAS de Ramalde e, em 2017, o Marco – um jovem que sofreu um acidente que o deixou totalmente paralisado. Encontra-se há 3 anos num processo de recuperação lento da fala, movimentos motores e raciocínio e todos os fundos angariados da presente edição reverterão novamente para ele.

A cultura Hip Hop mostra assim a força que pode ter.
Cada pequeno passo de dança, cada pequeno contributo monetário que se fizer, nos dias 14 e 15 de julho, é um salto gigante para o Hip Hop e, consequentemente, para a causa social a que se propõe.

Durante os dois dias de evento, desenvolver-se-ão atividades nas áreas urbanas da dança, graffiti, beatbox, mcing e djing, que estão descriminadas na imagem abaixo.


Escrito por Nuno Mina

Saem duas faixas para a “Mesa 8”!

“Mesa 8” e “Devia ir” são as mais recentes músicas de Wet Bed Gang.

Depois de lançarem o EP “IV”, Gson, Zara G, Zizzi Jr. e Kroa estão de volta com duas novas faixas.

Com uma produção de _kidsimz_ e um vídeoclip realizado por  Uzzy, “Mesa 8” faz referência a todas semanas académicas e concertos dados pelo grupo de Vialonga, nos últimos tempos.
Estão aí os festivais de Verão e os Wet Bed Gang prometem “só parar quando ja não houver vibe”.

Por outro lado, “Devia ir” conta com a produção de Charlie Beats e o vídeo por wikad_. Fazendo jus à letra, a faixa foi lançada às 4 da manhã.


Às 4  da manhã Eu nem devia/Não Era suposto ir, mas a cabeça só diz Go Go go”.


Ouve aqui as duas músicas:

 

 

 

Artigo por: Nuno Mina

Tyler, the Creator no Nos Primavera Sound traz mais flores que o tempo

A equipa chegou ao local onde se realizou o primeiro dia do festival na cidade invicta por volta das 17 horas. O tempo pregou uma partida a toda a gente mas este não se julgou ser um entrave para os fãs que começaram a preencher as filas nas entradas principais logo nas primeiras horas do dia. Contudo, início de tarde ainda é clima de trabalho para muitos dos que vagueiam pelo recinto. Por Diana Reis |

Inês Ramos e Carolina Araújo, de dezassete anos, foram das primeiras a chegar para explorar todo um recinto que promove o comércio e o bom gosto que o Porto traz ao parque da cidade. Ansiosas pelo concerto de Tyler, the Creator, as mesmas consideram que o cartaz, para um festival como o Nos Primavera Sound, está “muito forte”. Rita Freitas de vinte e três anos e Ana Paiva de vinte cinco, que vieram para ver cada concerto de hip hop nestes três dias, já partilham uma diferente opinião e consideram que o cartaz poderia ser muito mais rico neste género e que para o ano esperam ainda mais. O público falou e manifestou-se que a falta de hip hop português é notória em cada palco, os nomes nacionais parecem-se escassos tanto para os fãs devotos que os seguem como para quem vem de fora conhecer um pouco mais do que país tem para oferecer a nível cultural.

Nomes como Kanye West, J. Cole, Kendrick Lamar, Aminé foram alguns dos mais requisitados para uma próxima edição do festival.

Às vinte e três horas e vinte minutos já se viam os fieis fãs do “Flowerboy” a correr para o mais perto do palco que se conseguia, enquanto muitos já tinham pernoitado à beira do palco Seat, ansiosamente há espera que se soassem os tons da primeira música que abriria um concerto para recordar. Tyler, ainda sem estar presente, já se ouvia a ser chamado pelo público e instantes depois, fez-se silêncio, fez-se um espetáculo de luzes e o artista apareceu vestido a rigor para parar o trânsito. Aliado a uma liberdade de expressão, de um mundo sem regras de ser e sem rótulos, o produtor e rapper fez-se perdoar pela falta de comparência no Super Bock Super Rock trazendo os seus maiores sucessos, tanto passados como presentes. Os temas “OKRA”, “Who Dat Boy” (sem A$AP que atua hoje no palco principal do festival ), “911/Mr.Lonely”, foram dos muitos temas que se fizeram entoar neste primeiro dia do Nos Primavera Sound.

Para terminar um concerto que de certo deixa saudade, Tyler despede-se com “See you Again”… poderemos interpretar como uma promessa de regresso? Esperemos que sim.

Fotografia: Direitos Reservados

ProfJam levou NB Club para o Além


“Cheira uma linha minha e adivinha quem voltou?”
, pois é, o grande professor voltou a pisar o palco do NB Club em Coimbra deixando a cidade dos estudantes rendida a esta lição musical. Profjam chegou à plataforma na qual iria atuar acompanhado de uma Absolut Vodka que partilhou com o público, e, com o Tico para o seu Teco, Mike El Nite. “Queq Queres” foi o som que abriu o concerto e era notório que o público estava completamente rendido à energia do artista quando este os levou para o “Além” – cientes das letras e das batidas fizeram-se ouvir durante todo o espetáculo.

Mike El Nite acompanhou Profjam durante a atuação de “Mambo Nº1”, os dois artistas demonstraram o quanto gostam de pisar o mesmo palco, notando-se o clima de fraternidade que emanava na performance de ambos. E, como era de esperar, cada mulher ficou “viciada” quando o artista quis demonstrar o quão queria “drive us crazy like he ride us crazy” numa canção dedicada ao corpo feminino. Como não poderia falhar, “Yabba” foi um dos temas principais, mas a música que deixou o público boquiaberto foi a faixa “mano a mano” que ainda não está em qualquer plataforma digital à mão do público.”Mortalhas” foi um dos sons com que o artista brincou mais: pelo que entendemos, afinal, Profjam não “deixou a weed por tabaco mesmo”…

O concerto acabou com a faixa “Xamã” e, mais uma vez, com Mike El Nite em cima do palco a finalizar um concerto que teria “matado o game” para qualquer pessoa presente naquele estabelecimento.

Reportagem por: Diana Reis