Hip Hop Rádio

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Lição nº3 e tudo a saltar

Naquela que foi a menos lotada das festas de hip-hop da cidade de Coimbra, o ex libris, desta vez, foi Estraca. Na terceira lição de hip-hop em Coimbra, os fotógrafos subiram ao palco quando o MC do Lumiar desceu, duas músicas depois do início do concerto. Só voltou a subir no encore. Por Bruno Fidalgo de Sousa.

Mais uma noite se passou onde o espaço para a festa foi o Avenue Club. A noite abriu com Why Not, um novo coletivo de Coimbra – que trouxe um formato diferente no seu concerto, alternando faixas originais com DJ-set. Até agora, tem havido sempre espaço para novos talentos do hip-hop coimbrão de brilhar e, desta feita e sem MC Ruze no comando da noite, também um novo coletivo da linha de Sintra se juntou à festa.

Não eram ainda 4h20, mas já os Ivel.inc cantavam que era essa “a hora da oração”. O grupo apresentou-se com Princ€, P.Kappa, El Pedro, Xpress e ChristOnthebeat num concerto que primou por uma boa vibe e bangers face ao pouco público presente.

Também os Ivel.inc desceram do palco para atuar na frontline, mas Estraca fê-lo melhor. Desceu, avançou e foi rodeado pelo público, à medida que cantava faixas como “Palavras”, “Confia”, “Hip Hop” ou “Planeta Novo”. O público estava bem preparado e tanto Estraca como Splinter, que o acompanhava, deixaram-se ficar com “os pés no chão” até ao segundo encore, terminando o concerto com “Clássicos”.

A noite teve tempo ainda para acolher uma nova faixa, com lançamento anunciado pelo MC para dia 30 de março. Antes de subir ao palco pela última vez, um beat de drum catapultou a roda íntima de amigos que o rapper fez nessa noite para um pequeno moshpit. Ao que tudo indica, Estraca queria mesmo “ouvir a voz do povo”.

Fotografia por Bruno Fidalgo de Sousa e Diana Reis

 

Lição nº2 sob o feitiço da Bruxa

A certa altura, mais ou menos a meio do concerto, Halloween meteu a controladora ao colo e colocou o microfone no tripé. “Bandido Velho” em versão “unpluguetto” encheu um Avenue que, na segunda lição de hip-hop em Coimbra, se foi deixando enfeitiçar pela Bruxa. Por Bruno Fidalgo de Sousa.

O Avenue voltou a ser o espaço de eleição para a Hip-Hop Lessons: depois de um bocado de jazz, desta feita foram dois veteranos a atuar no palco coimbrão. Primeiro por Nameless, depois por Allen Halloween, com o newcomer Rafa a abrir as hostes e MC Ruze como host vitalício do evento. O que fica na retina, contudo, foi o espetáculo musical que a Bruxa trouxe à cidade dos estudantes.

A abrir com dois dos seus singles, “Drunfos” e “Livre Arbítrio”, percorrendo, como um professor em frente ao quadro negro a regurgitar matéria, desde o “Projeto Mary Witch” ao “Híbrido” e enfatizando a noite com “S.O.S. Mundo”, “Killa Me” ou “Youth”, faixas fortemente acompanhadas pelos presentes. Nameless, meia hora antes, afirmara mesmo que “quem faz o hip-hop é o público”. Ao que parece, tanto a nova como a velha escola de ouvintes agradeceu o elogio e deixou-se, depois, levar num feitiço melodioso que Halloween sob usar em seu proveito.

Três quartos de hora volvidos: termina o concerto, quatro faixas depois de Allen meter a controladora ao colo para as suas versões acústicas, um dos projetos mais esperados para 2018. Se Halloween faz um filho a cada álbum que edita, acho que se pode começar a felicitá-lo pela nova paternidade – e, se assim não for, pelo projeto pioneiro que está a montar.

A noite continuou com techno – uma lição de hip-hop a fechar com a dupla de DJ’s habituais do evento. Mais uma vez o professor veio de fora nesta Hip-Hop Lesson, onde só faltou “dar o rabo p’ra comprar cavalo”.

 

Fotografia por Bruno Fidalgo de Sousa.

Beats ‘n’ Bytes #1 @ Avenue Club

A equipa chegou ao local por volta da uma da manhã juntamente com o primeiro nome da noite, Skilla. O Avenue continha pouca gente mas foi uma questão do jovem de Pombal subir ao palco que a pequena cidade sentiu-se em peso assim que se soltaram as primeiras notas do tema “Escumalha”. O artista surpreendeu todos com uma energia notável e uma alegria contagiante sentiu-se por parte do público. Acabou a sua performance com “Assassino” mas ao se aposentar ficou com a “Corda ao pescoço” e a pedido de um bis voltou para representar “Escumalha”.

Matysh’n’Jotta começaram às 02:06 mas será que podemos dizer que subiram ao palco? A dupla pegou nos microfones e instantaneamente juntou-se ao público para um concerto interativo e divertido com vários temas da mixtape Circulação lançada em 2014.

Por último, o “grande” do cartaz chegou ao palco às 03:10, após ter tido um problema com o carro o artista conseguiu chegar ao local a tempo. O Avenue Club, se estava frio, aqueceu rapidamente com o tema “Bairro” e conquistou o público seguidamente com “A rapariga dos olhos escuros” com o tema “O meu amor por ti”.

Expeão levou-nos numa viagem pelo tempo ao relembrarmo-nos de alguns clássicos da banda Dealema da qual faz parte, acabando com “Nada dura para sempre”, mais uma vez ouve-se um pedido de bis por parte do público, o artista volta e despede-se com o tema “Bairro”.

Reportagem por: Diana Reis