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Só vou por onde me levam os meus próprios passos: Coliseu foi o destino

Não havia silêncio que se ouvisse nas ruas do Porto. Quanto mais próxima do coliseu, mais adrenalina se sentia. Crónica de Rita Carvalho.

Passo despercebida no meio da multidão, na mente levo as letras que me criaram. Realidade urbana aquela que se caracteriza neste meu Porto, naquela que foi a tua noite.

A noite é dos poetas (não de karaoke), da Juventude e daqueles que vivem de amor. Tiveste o mundo à tua volta, concentrado naquelas paredes que compõe o Teu Quarto, o Meu Coliseu.

Hereditário és, e isso ninguém te tira: vi uma diversidade de idades, de visões presentes na noite em que fizeste história, na noite em que criaste o meu teu “eternamente hoje”. Só demonstra o quão és fruto de amor, o quão aproximas gerações e fazes parte da memória de Portugal.

A intemporalidade e universalidade que me proporcionaste foi algo bastante surreal e peculiar: Foi como se estivesse em Chelas a viajar no tempo. Estranha Forma de Vida esta que me faz viajar ao 7º Céu e voltar numa questão de segundos.

Entre Mil Razões e Mil Lágrimas, a verdade saiu da caixa, saíste tu, Samuel Mira. A noite foi tua, portanto. Foi da tua omnipresença. A noite foi de Sam the Kid no seu estado mais puro e genuíno. A noite foi de Mundo Segundo, foi de Dj Cruzfader, foi de Orelha Negra, foi de Orquestra, foi de Napoleão, de NBC, de Xeg, de Sunrise, de Sp, de Carlão… A noite foi tua e de TODOS. Foi noite de cada alma que habitava naquele coliseu naquela noite. Enfim, a noite é tua todas as noites e não faria sentido se fosse de outra forma.

Este pode não ter sido o primeiro dia do resto da minha vida, mas é como se tivesse sido: rejuvenesceu de igual forma.

Obrigada Samuel, Obrigada por me rejuvenesceres sempre que te ouço.

Fotogaleria de Beatriz Dias, completa aqui.

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