Guilherme Coelho, nome artístico de UAU, começou a ouvir hip-hop na escola quando tinha 12/13 anos a partir do grupo de amigos. Na altura, alguns artistas na sua zona cantavam – como Tripla Colisão, P-Unit ou SBK – e as músicas andavam a girar, de telemóvel em telemóvel, por bluetooth ou infravermelhos.
Esta melodia constante que rodava na sua adolescência e nos convívios com os amigos, entre battles de improviso com ou sem beat, começou a crescer até se tornar numa paixão que a cada dia fica maior.
O que levou a aventurares-te na música?
Inicialmente, quando comecei a escrever e a cantar aos meus 15 anos foi com bandas de Rock/Metal, pois era o estilo que estava a sentir mais na altura e que me abriu as portas para o mundo da música. Estilos musicais diferentes, mas semelhantes em vários aspetos.
Tive duas bandas de originais, duas de covers e mais alguns projetos em que cantava e tocava baixo. Aos 18/19 anos tive um período afastado de projetos até que um amigo da minha zona, que já seguia o meu trabalho desde sempre, me incentivou a escrever mais em português e em instrumentais de hip-hop e me levou a fazer o que faço hoje com muito gosto!
Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?
Tem sido bastante positivo, também a maior parte dos meus ouvintes são amigos e pessoal que me conhece. Até mesmo pessoal que antes não me conhecia e passou a conhecer (que é esse o objetivo principal, o dar a conhecer) tem demonstrado um bom feedback à minha música.
Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?
Sam The Kid, Halloween, Valete, Phoenix RDC, Dillaz, Profjam, Holly Hood, Mono, Juka Daz (Bloco 111), Koyotte, Elemento, GuessWho Da Label, Oregon, Da Bless, Baiaia, entre muitos outros.
Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?
Gostava de chegar a todas as pessoas. Promover uma discografia bem recheada com o tempo e com bastantes concertos a nível nacional e internacional. Gostava de mais tarde voltar a tocar com uma banda novamente, tanto em estúdio como em concertos.
Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?
Estou a construir um EP com cinco faixas, com o objetivo de a lançar ainda este ano. Quero poder dar algo mais coeso e maduro aos meus ouvintes de forma a apresentá-los ao estilo de sonoridade mensageira que pretendo trazer e explorar.