Hip Hop Rádio

Teller: “A maior conquista é fazeres aquilo que amas e poderes viver disso”

José Miguéns, mais conhecido por Teller, sempre gostou de um bocadinho de tudo mas desde pequeno que foi ouvindo hip-hop. Em criança teve uma fase de Rock e Reggae mas por volta dos seus 14/15 anos, quando conheceu o mundo do Youtube, procurava por artistas todos os dias e cruzou-se com Nas, A Tribe Called Quest, 2Pac ou Notorious B.I.G. A partir daí começou a rodar cada discografia na sua playlist, viajando de rima em rima.

O que te levou a aventurares-te na música?

Já tinha um gosto pela música e a vontade de algum dia poder fazer algo que estivesse relacionado com música. Aprendi a tocar guitarra (e depois desaprendi) mas sempre tive esse sonho. Quando tinha 14/15 anos, todo o meu grupo de amigos ouvia Hip-Hop, inevitavelmente juntávamo-nos, metiamos beats e passávamos as tardes e noites a improvisar. Com o passar do tempo, todos começaram a escrever e formámos um grupo. Gravámos vários temas que depois partilhávamos entre amigos e chegámos ainda a publicar vários no Soundcloud.

Mais tarde, fui estudar para a Restart e tirei dois cursos de Som, mais direccionados para Técnico de Som que é hoje em dia o meu emprego. No final desse curso, tinha uma enorme vontade de voltar a gravar e fazer sons e um amigo meu (Bernardo Pastor Centeno que é hoje em dia Técnico no estúdio Namouche em Lisboa), do mesmo curso, puxou-me para fazermos um álbum. Entre estágios e trabalhos, estivemos um ano a criar o “Meta:Morphia” que lancei em novembro de 2018.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Tem sido positivo, a grande maioria que me dá um feedback gosta. E mesmo quem não gosta, geralmente dá-me uma crítica construtiva que acho que é bastante importante para o meu desenvolvimento como artista.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Difícil escolher nomes mas excluindo as lendas que todos conhecemos, diria que em Portugal é o Slow J, Papillon, Dillaz, etc. Fora de Portugal é J Cole, Kendrick Lamar, Joey Badass, Mick Jenkins e Tom Misch e Loyle Carner no UK.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Acho que estaria a mentir se não dissesse que quero fazer da música a minha vida e o meu meio de sustento. Acho que a maior conquista no mundo capitalista em que vivemos é fazeres aquilo que amas e poderes viver disso. Tento que os meus objetivos sejam sempre para um futuro próximo, neste momento o meu foco está em consolidar a minha sonoridade e ao mesmo tempo fazer com que a minha palavra chegue a mais pessoas.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

Tenho mais um tema preparado e se tudo correr bem irei lançá-lo no fim de julho. Não estou a pensar em fazer um álbum ou um EP, mas nunca se sab A minha ideia é durante este ano ir lançando singles, sempre com conteúdo visual a acompanhar.

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