Mais um ano, mais uma voltinha pelo mundo do hip hop na Queima das Fitas de Coimbra. À boleia, de Lisabona a Coimbra, o calor veio ao pendura com Plutónio, o primeiro artista a abrir o palco principal na cidade dos estudantes em 2022. A presença do artista veio homenagear a partida precoce do presidente da Associação Académica de Coimbra, Cesário Silva, que teve um acidente fatal de carro este ano. O artista escolheu para uma despedida digna, não por acaso, a faixa “Meu Deus“, escrita num momento da vida do cantor onde este também sentiu uma perda dolorosa assim como a cidade que este ano vestiu o luto.
Este ano, Dillaz eleva o publico até ao Oitavo Céu assim que pisa o palco no conhecido Parque da Canção. O sucesso do seu último album fez se soar pelo público que se demonstrou apto ao lembrar-se de todas as frutas na cesta do artista. Não faltou nem Maçã, nem Papaia, nem uns beats mais antigos para trazer a Saudade.
A cidade dos estudantes teve, também direito a hip hop internacional. Das ruas de Barcelona até Coimbra, Morad traz as suas influências latinas nas suas batidas frenéticas e nos seus paços de dança aliciantes que metem qualquer plateia a mexer. Foi uma noite a que ninguém disse Yo No Voy, porque claramente o recinto estava cheio para sentir os ares do nosso país vizinho.
O Palco secundário também nos trouxe uma noite dedicada ao hip hop, trazendo Heartless e Holympo, que começaram as suas carreiras aqui na cidade de Coimbra. A noite levou-nos a um campo de Girassóis guiados pela voz de Benji Price. Este, acompanhado por xtinto, levam-nos por uma viagem didática até ao Éden. Só para que no final da noite, nos sentássemos todos a ter umas conversas de balcão com os Alcool Club que nem com problemas de som, nem à acapela, deixam as garrafas ou de ser Nasty. Mas vamos ser Honestos, já todos somos parte do clube.
Após a atuação de Dino D’Santiago, foi a altura do hip-hop chegar ao palco principal na última noite da Queima das Fitas’22. Com saudades de Coimbra, Lon3r Johny chega na sua nave para abrir um portal novo onde levará todo o público à loucura seja de nave ou de GT3, aqui ninguém esquecerá o Drip.
Momentos depois, Profjam de Corona na mão (a cerveja, claramente) pisa o palco, após tempos inesquecíveis de pandemia. Com Mike El Nite atrás da mesa de mistura e na back do artista, a duo maravilha continua a dar o espetáculo das suas vidas, seja no Capitólio ou na Queima.
O artista leva-nos a Malibu, com saudades do verão, os estudantes já quase que saboreiam a Água de Coco do artista. Para espanto de todos, o System foi abaixo assim que Benji Price sobe ao palco para nos trazer os grandes hits da dupla, como a Finais. Lon3r também sobe mais uma vez ao palco para nos presentear com a Damn/Sky.
E já depois de ter o público à Vontade, Mário Cotrim declara todo o amor aos seus pais a uma família que foi conquistando ao longo dos anos. Claramente que para um grande final este traz-nos os seus mais recentes sons que na promessa trazem um album novo no dia em que se fecha o recinto da Queima das Fitas de Coimbra.