Primo começou a dar cartas no rap em 2017, com o lançamento da mixtape 1º Capítulo. Com a OPA, Oficina Portátil de Artes, já atuou em eventos como Lisboa Mistura 2018, Meo Sudoeste, Festival Muro, entre outros, participando ainda no cypher do projeto em 2018. Com 25 anos e natural da Baixa da Banheira, assim que gravou a primeira faixa deu-lhe o click e percebeu que era o que ambicionava fazer há anos.
Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?
Não consigo dizer ao certo quando foi porque sempre ouvi desde muito pequeno e lembro-me de curtir disto desde o início mas ainda era muito novo para sequer parar para analisar a música em si. Depois foi uma paixão que aumentou gradualmente porque à medida que cresces e vês o mundo à tua volta há certas coisas que vão fazendo mais sentido, no meu caso foi o hip-hop.
O que te levou a aventurares-te na música?
Foi tudo muito natural desde que comecei a escrever porque uma coisa levou à outra. Ainda estive alguns anos a escrever músicas sem ter um estúdio e gravei no mic do PC só para mim e para os meus amigos porque não tinhamos nenhum contacto com estúdios e tudo se resumia ao convívio do grupo naquela altura.
Só em 2017 conheci o MastaBomb e o Júnior Faya, que são dois grandes artistas da minha zona. Convidaram-me para fazer parte da label e comecei a parar no estúdio, eles é que me deram o primeiro contacto com o behind the scenes no mundo da música.
Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?
Tem sido positivo, pelo menos o people que acompanha o meu trabalho sente e gosta. Agora é trabalhar para conseguir espalhar cada vez mais a palavra.
Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?
A esmagadora maioria vem dos States apesar de ouvir desde cedo a maioria dos melhores em Portugal como o STK e o Valete, mas a sonoridade do hip-hop americano dos anos 90 e inícios de 2000 marcou-me muito e foi quase como a banda sonora da minha vida. Moob Deep, Dre, Ice Cube, Tupac, Alchemist, Eminem, etc. Podia continuar porque são muitos.
Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?
O meu objetivo é conseguir fazer chegar a minha música a todas as pessoas que gostam de rap em Portugal, ter uma boa distribuição do meu trabalho porque isso é muito importante. Até podes ser o melhor MC de sempre mas se não chegas às pessoas, ninguém vai saber que a tua música existe.
Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?
Consigo dizer que neste momento estou a lançar a EP 2° Capítulo som a som e dia 25 de todos os meses sai um tema novo, vai ser assim até dia 25 de Dezembro. Depois desse último som sair fecho a EP e faço uns CD’s do projeto para quem quiser ter a obra física. Para o ano que vem quero fazer 2 álbuns novos, um escrito por mim e produzido por outros e outro escrito por outros e produzido por mim, vai ser divertido.