Mig L começou a explorar o hip-hop ainda no secundário, a paixão pela música sempre esteve intrínseca na sua vida mas foi com a crew IC, que criou na altura com alguns amigos, que a cultura começou a brotar dentro de si e dos que o rodeavam. Ouviam rap nos intervalos, tanto em batalhas, como em freestyles, e quase toda a gente fazia uma das vertentes, ninguém queria ficar de fora.
O que te levou a aventurares-te na música?
Foi mesmo não querer ficar na ignorância, e querer saber até onde este “talento” me podia levar. Também foi pela pressão dos meus tropas, a quem eu agradeço imenso, sem eles nunca tinha saído da casca e lançado alguma coisa. Devo-lhes muito por terem puxado por mim, tanto em “concertos” intimistas e pessoais que dava nas ruas da nossa zona, como em conversas banais em que eles puxavam por mim, para eu lançar algo para a internet.
Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?
Opá, até ver superou as minhas espectativas para primeiro single, não me posso queixar, tem sido positivo.
Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?
Para ser mais conciso vou dividir em influências nacionais e internacionais. Das nacionais destaco Sam The Kid, sem sombra de dúvida o melhor neste panorama nacional. Também ouvi muito Valete nos meus tempos de escola, o que me influenciou bastante, o Deau, para mim o melhor liricista da nova Escola, e tenho bastantes outros: Virtus, Keso, Dillaz e todos os meus manos da Jet Lag. Dos internacionais, sem oposição vem em primeiro o J Cole, seguido de bastantes outros, Kendrick, Common, Lupe Fiasco, JID, Evidence, etc.
Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?
Vou até onde o vento me levar, não tenho expetativas, vou-me deixar levar pela corrente, espero eu, sempre fiel a mim mesmo.
Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?
Para já quero lançar vários sons soltos, também para o pessoal conhecer o meu registo, e depois de ter o nome vincado no Game, aí sim, penso em projetos com pés e cabeça. Mas neste momento estou com a cabeça nas nuvens a desfrutar do momento, se algum dia esse projeto vier a concretizar-se teria todo o gosto em poder abraçá-lo, mas para já vivo um dia de cada vez em relação a música. Obrigado pela oportunidade, props ao meus tropas Jet Lag e toda a comunidade da cultura!