Hip Hop Rádio

Frankzie: “Não gosto de pôr limites nas coisas, a música faz-me bem, faz-me ser eu e ser feliz ao sê-lo”

Desde novo acompanhado pela música, Frankzie sempre teve um carinho especial pelo hip-hop. Por ser o estilo que despertava em si o sentimento mais real, começou a escrever ainda sem partilhar com ninguém, visto que os amigos na altura não ouviam o mesmo estilo. Influenciado por referências como Xtinto ou Lon3r Johny, lança agora o EP “Broken Sky”, disponível em todas as plataformas.

O que te levou a aventurares-te na música?  

Já tinha muitas “maquetes” escritas e muitas rimas perdidas em folhas, escrevia como um refúgio e não propriamente como música em si. O que me levou a entrar e apostar na música foi provavelmente o facto de ter amigos que curtiam do mesmo estilo que eu e acabávamos as noites a improvisar na brincadeira, daí ter feito uma grande introspeção de mim mesmo. Depois a malta começou a dizer que devia começar a lançar faixas e comecei a escrever para isso.

Cada vez mais estou apaixonado pela arte e pela maneira com que me consigo exprimir através da música, daí a estar a levar à mesma com grande seriedade e empenho. No fundo é uma liberdade que nunca tinha presenciado e, acima de tudo, que me faz feliz.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Eu não sei o que vai na cabeça das pessoas, mas acho que o pessoal está a reagir muito bem ao que tenho lançado. Não é fácil ser um upcoming artist sem nada na back, contudo tenho um grupo de amigos excelente e uma equipa incrível, o que me ajuda a criar mais e melhor. Gosto de saber que me apoiam e que acreditam na minha visão, é um kind of love que eu nunca tinha experienciado e fico grato a todos os que me apoiam e partilham o meu trabalho. Significa o mundo para mim poder expressar-me e as pessoas darem relate no que canto e nos temas que abordo e ver pelas partilhas que fazem que acreditam no meu potencial, priceless.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Sempre ouvi variados estilos musicais. Back in the days ouvia muitos clássicos americanos do hip-hop que foram grandes influências para mim e, hoje em dia, procuro sonoridades e esquemas de escrita que me toquem. A nível internacional ouço bastante Kendrick Lamar, Kanye West, Jay Z, Drake, Lil Baby, Tory Lanez e Don Toliver, pela maneira como conjugam sonoridades e letras.

A nível nacional, o que mais me influenciou no início foram clássicos como Valete, Sam the Kid e mais tarde Dillaz. Não só pela musicalidade mas muito pelas letras que escreviam. Visto que na altura só escrevia para mim, eram boas referências para limar e para conseguir passar e abordar temas de maneira eficaz.

Hoje em dia os artistas portugueses que mais admiro e sinto são o Xtinto, um dos maiores génios liricistas da atualidade, Rafael Dior que também se estreou no ano passado mas claramente provou que veio para ficar, Lon3r Johny, que para mim é um visionário musical e tem capacidade internacional e Cripta, um rapper, produtor e engenheiro de som com o qual tenho vindo a trabalhar e que esteve por detrás da mistura e masterização do meu EP quase por inteiro  e que admiro muito, com certeza que vai brilhar muito nos próximos anos.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Não gosto de pôr limites nas coisas, a música faz-me bem, faz-me ser eu e ser feliz ao sê-lo. Sei que é clichê mas a verdade é que se a música for feita com sentimento, trabalho, dedicação e paixão acho que as coisas mais cedo ou mais tarde acabam por “rebentar” e ir na direção que têm de ir. Sou uma pessoa que neste momento sinto-me bem com o que estou a mostrar ao público, gosto da minha música e de saber que mais pessoas gostam também é incrível para mim.

Vou continuar a dar o meu melhor e tentar chegar o mais longe possível. O sonho é ser eterno, aproveitar toda a caminhada seja para que caminho for e, à medida que vou avançando, quero sentir-me realizado enquanto me expresso e dou o melhor de mim. Quero continuar a fazer o que gosto e não me quero limitar em nenhum aspeto, nem o céu é limite para a criatividade e para o sonho.

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