Hip Hop Rádio

ENTREVISTA HHR: SANTA SALUT E UNO

SANTA SALUT E UNO ESTÃO PRESTES A ATUAR NO titanic sur mer EM LISBOA E ANTES DO CONCERTO, O HENRIQUE FERREIRA ESTEVE À CONVERSA COM OS DOIS ARTISTAS.
SANTA SALUT

Em QUEENS OF GROOVE entregas um estilo bastante diferente do que havias apresentado até então. Como surgiu a ideia para o projeto e que influências tiveste?

Acho que não é muito diferente do estilo que costumo apresentar. Em Queens of Groove as influências mais claras são a música dos anos 90 e 00, sons analógicos, jazz, soul, R&B, melodias, pausas estratégicas…. Na minha cabeça, não parava de pensar na Lauryn Hill & The Fugees, na Azealia Banks, nos A Tribe Called Quest, na Nelly Furtado, na Eve, na Natasha Bedingfield, e na Bahamadia nas faixas mais boombap. Pensava também nos The Prodigy, na música house e no rave dos anos 90 na parte mais eletrónica. 

O que pretendes passar ao público com este álbum?

Quero transmitir ao público o meu amor pelas raízes do hip-hop, conhecimento, consciência, introspeção e muito groove.

Passaram-se três anos desde o lançamento de DISCORDIA. Este período, além de ter servido para explorares novas sonoridades, mudou de alguma forma o teu processo criativo?

Mudou na medida em que, como disse antes, já faço isto há vários anos e tenho cada vez mais conhecimentos para fazer música melhor e mais profissional.

Na noite de 8 de março farás o teu primeiro concerto em Lisboa. Como te sentes e que expectativas tens sobre a tua estreia na cidade?

Eu queria imenso vir! Há muito tempo que recebo mensagens de Portugal e não sabia como iria correr, mas os bilhetes estão a vender muito bem, por isso vamos arrasar!

Essa noite fica também marcada pelo facto de ser o arranco da tua tour mundial. Que país estás mais ansiosa para pisar o palco, e que palavras deixas antes de te fazeres à estrada?

Estou entusiasmada com tudo. Tocar em novos países como Portugal, Brasil, Holanda… e reencontrar o meu querido público no México, Grécia, Buenos Aires… com os meus amigos de lá! Eu digo que manifesto bons presságios e muito sucesso, vamos com tudo!

UNO

Abriste este ano com uma beattape. Foi quando estiveste no Japão que a Inemuri surgiu, de que forma outras culturas influenciam o teu trabalho? 

Gosto de me sentir pequeno, que a minha realidade é menos do que um grão de areia no mundo. Isso inspira-me sempre. No caso do Japão, tive a sorte de conhecer vários DJs, beatmakers e outros músicos que me fizeram perceber que há formas completamente diferentes de pensar e fazer coisas dentro da cultura Hip Hop. Além disso, a forma como a sociedade funciona também é muito diferente.

No ano de 2024 não lançaste nenhum projeto. Esse ano serviu para te dedicares a descobrir algo novo? 

Na verdade a beattape foi lançada ainda em dezembro de 2024 e, antes disso, lancei os álbuns: Malaposta com o Peste, Valada e NFA; e Aço, com o Benny Broker. Estive a gravar para o meu álbum a solo , álbum do Partido e álbum com os F.P. E sim, estive a re-descobrir a minha vida com menos rambóia e um pouco de mais foco.

Vais abrir a noite no Titanic Sur Mer, naquele que é um concerto há muito esperado. O que podem esperar os teus fãs deste concerto? 

Uma viagem pela minha discografia, com direito a umas novidades que estão por sair.

Sabemos que estás a preparar um novo álbum. O que podemos esperar daí? 

Boa pergunta…  Foi o álbum a solo que demorei mais tempo a fazer até agora e podem contar com letras um pouco maiores, com novas vivências, beats roots como sempre, e apenas um deles não é meu. Participações no álbum está a Mória, Benny B., Pestana, NFA num beat, Jeezas no saxofone, Mayuko no theremin, DJ Riscólado nos riscos e o Aboo num solo de guitarra – artistas que considero topo do topo. Está neste momento na fase de mix/master.

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