House Shoes convida Danny Brown para Sweet e o pânico instala-se.
Como se já não chegasse a extravagância do rapper de Detroit, o produtor conterrâneo abusa da batida para no final nos mandarem com um petardo capaz de desfazer os nossos neurónios. Sempre a equilibrar a comédia, o absurdo e o politicamente incorreto, o MC aproveita-se dos sopros de batalha e cadência bêbada do instrumental para se transformar no lobisomem das rimas, variando entre entregas raivosas e a ocasional sanidade mental.
Com ritmos e versos megalómanos, House Shoes e Danny Brown são como um casamento que sabemos que vai correr mal mas não conseguimos desfocar a nossa atenção desse enredo.