Hip Hop Rádio

Radioativo

Filtro: “Quem ouve gosta e sente, e para mim isso é o mais importante”

Tomás Cabeleira, mais conhecido por Filtro, estreou-se nas rimas há cerca de um ano com “Rimo O Que Não Gosto”, um som onde vem acompanhado por Kappa G, uma das suas maiores referências. Recentemente volta ao panorama com a faixa “Serotonina”, juntamente com Claustro e Ricardo Costa, o que nos levou a conversar com o rapper para perceber o seu percurso até agora e alguns objetivos para o futuro.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

A minha paixão pelo hip-hop surgiu quando era miúdo, eu já escrevia muitos textos, e desde muito cedo que comecei também a escrever letras. O meu irmão, que é realizador de cinema, costumava mostrar-me muitos filmes quando eu era mais novo, e foi quando ele me mostrou o 8 mile que tive o primeiro impacto com a cultura. A partir daí comecei a ouvir muito hip-hop, a assistir a rap battles, a improvisar e escrever letras, etc. Lembro-me bem de o fazer no ciclo e de mandar improvisos no liceu atrás dos pavilhões.

O que te levou a aventurares-te na música?   

Sempre gostei de escrever e tive letras escritas, mas nunca gostei de me ouvir a cantá-las, assim como nunca as mostrava a ninguém. Sempre improvisei com o pessoal desde novo, que também me encorajava para cantar e lançar sons, mas nunca lancei por essa mesma razão. Um dia numa gravação de um videoclip de um rapper que eu admiro imenso, uma das minhas influências, o Kappa G, quando eu já estava meio alcoolizado, mostrei-lhe uma letra, ele adorou e disse que me gravava a música no seu estúdio. Acabei por lançar a música e ele participou nela, posso dizer que se não fosse ele, nunca tinha tido coragem para o fazer, e claro que houve mais gente a encorajar-me a fazê-lo. O meu mais velho cá da zona, por exemplo, entre outros amigos (não os posso enumerar a todos, infelizmente) alguns também rappers, como o Claustro, mas se não fosse o Kappa a oferecer-me as condições para o fazer, o “Rimo o que não gosto” não teria saído e o Filtro não existiria.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Tem sido bom, comecei há pouco tempo e embora não sejam muitos ouvintes, quem ouve gosta e sente, e para mim isso é o mais importante.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

As minhas maiores influências têm o mesmo cordão umbilical que eu, são pessoas da minha terra, que lutam por ela e não desistem, verdadeiros hustlers. Mas do Rap, Entronka Gs sem dúvida que são capazes de ser umas das minhas maiores influências, sobretudo pelo que representam. Regula, Dillaz ou Jimmy P são alguns dos nomes que mais me marcaram, tenho um ouvido muito eclético para o rap, gosto muito de diferentes estilos e artistas.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Nada em concreto, gostava de viver da música, mas sabemos que é muito difícil. Gostava de um dia atuar num grande palco também, mas só o tempo o dirá. De qualquer das maneiras sinto-me realizado com o que tenho, de resto, só o tempo o dirá. O objetivo neste momento é continuar a exprimir o que sinto, com cada vez mais intensidade.

Rilha: “Vejo a música como um escape tão puro que só isso já me satisfaz”

Depois da participação no Ep “Barbudisses” de Beiro em 2018, Rilha volta em 2021 com o trabalho “Reti Essência”, um disco com quatro sons que traz algumas reticências para o futuro. O EP do membro do Coletivo Caixa Cartão tem data marcada para dia 7 de agosto e já conta com duas faixas cá fora: “Barco” e “Olha à Volta”. Estivemos à conversa com o rapper para perceber as suas inspirações, influências na música e objetivos para o futuro.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Começou quando era mais novo, por volta dos 15 anos o pessoal com quem me dou gostava de passar várias tarde e noites a ouvir beats e fazer improvisos onde quer que fosse.

O que te levou a aventurares-te na música?

Esses momentos de que falo foram muito importantes para os anos que se seguem, a vontade de rimar era insaciável e foi onde arranjei conforto.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Muito grato pelo apoio dos que me rodeiam, têm-me dado vontade de fazer mais e de me superar a cada projeto.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Ouço muita coisa para além de rap, mas dentro do panorama nacional, tenho de evidenciar Berna, Quartel 469, Sexto Sentido que, de todos os nomes que passaram nos meus fones, estes foram sem dúvida grandes influências para mim. Á parte disto tenho de referir a malta que me rodeia, o colectivo Caixa Cartão, grupo do qual faço parte e que me fez aprender imenso em diversos aspetos. 

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

O que pretendo ao fazer música é simplesmente expressar-me, libertar-me da pressão e do stress do dia-a-dia laboral, vejo-a como um escape tão puro que só isso já me satisfaz.

Como surgiu a ideia para o EP “Reti Essência”?

A ideia do EP surge de sessões com o Kron Father, de beats do Beiro e de letras que tinha feito ao longo do meu percurso até então. Neste disco tentei ao máximo reter a minha essência ao longo dos 4 sons relativamente ao que gosto, à minha perspetiva e daquilo que posso fazer. Ao mesmo tempo é reticências para um futuro.

Kyra: “Quero continuar a falar até ter algo para dizer, e até sentir que é necessário fazê-lo”

Entre o hip-hop e o rock encontramos KYRA, que nos faz viajar desde os beats mais melancólicos aos psicadélicos, sempre temperados com rimas cruas que fazem qualquer um “achar que está perdido”. Estivemos à conversa com o artista que acaba de lançar “Espaço Negativo”, uma faixa que conta com a colaboração de Damaz MC e produção de Catalão.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Se bem me recordo o primeiro contacto que tive com a cultura foi por intermédio da faixa Hip Hop (Sou Eu e És tu) do AC. A partir daí foram muitos anos de pesquisa e estudo que fizeram com que, de certa forma, estabelece-se uma ligação forte e concisa com todos os pilares da própria cultura.

O que te levou a aventurares-te na música?

Apenas queria ser ouvido e compreendido como qualquer adolescente que pensa que quer mudar o mundo e que esse pensamento é o mais correto. Em 2015 acabei por integrar uma comitiva denominada ERA 85 e de lá saíram os meus primeiros projetos captados de forma amadora mas sempre fiéis ao meu modo de interpretar a minha própria arte. Montei o meu próprio estúdio em meados de 2018 (4th Wall Studios) e comecei a captar as minhas faixas e as faixas dos meus amigos mais próximos.

No mesmo ano conheci pessoalmente o DAMAZ MC que foi uma pessoa que mudou para sempre a minha vida e me deu uma nova visão sobre a arte, foi uma pessoa que despertou em mim um novo ser. Em 2019 comecei a atuar com músicos e, esse suporte ao vivo, criou uma motivação em mim para criar um outro projeto mais virado para o Rock, nascido naturalmente em 2020, a banda MÁ VIZINHANÇA da qual me apresento como vocalista.

Uns copos de vinho e uns cigarros depois integrei a crew UMRAP que tem sido uma inspiração diária para mim, pois é uma sensação incrível colaborar com amigos que apresentam um talento imenso e uma ambição intensa.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Tem sido um bom feedback, consigo atrair pessoas que têm gostos musicais muito distintos e sem dúvida isso faz me sentir grato, saber que existem pessoas que gostam de estar a par daquilo que a minha cabeça pensa seja qual for o estilo musical que eu apresente ao ouvinte. Na minha opinião um bom ouvinte sabe ouvir de tudo um pouco e é bom quando existe curiosidade pelo próximo passo que o artista vai dar. Sinto que as pessoas que me ouvem têm essa curiosidade e um certo carinho por mim enquanto artista.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

90% daquilo que ultimamente tenho ouvido e analisado não se insere na cultura Hip-Hop, em grande parte tenho sido influenciado por artistas fora da cultura. Dentro da cultura DAMAZ MC, ETHOS, ORTEUM, ESCALPE, TILT, CATALÃO, SARAIVA, DJ ALGORE, TOM, MURA e CHILLANGE são figuras que me influenciam como artista e me moldam enquanto pessoa.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

O maior objetivo que tenho estabelecido é ser cada vez mais verdadeiro comigo e com aqueles que me rodeiam, de forma simples e natural. Tenho também o objetivo de alcançar mais pessoas e melhorar cada vez mais ao longo do tempo e da prática. A continuação trás sabedoria e alcance. Quero continuar a falar até ter algo para dizer, e até sentir que é necessário fazê-lo, porque neste momento a música transmite em mim uma sensação de paz e alívio emocional, o que me ajuda a combater os meus demónios.

Ainda não alcancei o sucesso que pretendo mas todos os dias existem micro progressos que me fazem acreditar que é possível alcançá-lo. O sucesso aparece quando o progresso é constante.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

Posso revelar que estou no processo de criação do meu primeiro álbum com o suporte dos UMRAP. O álbum terá o nome de NUVEM DELTA e vai estar disponível em 2022 em formato digital e físico. Vão sair nos próximos tempos novos singles de MÁ VIZINHANÇA e, sem tocar muito no assunto porque não posso revelar mais detalhes… Uns Meninos do Rap.

Frankzie: “Não gosto de pôr limites nas coisas, a música faz-me bem, faz-me ser eu e ser feliz ao sê-lo”

Desde novo acompanhado pela música, Frankzie sempre teve um carinho especial pelo hip-hop. Por ser o estilo que despertava em si o sentimento mais real, começou a escrever ainda sem partilhar com ninguém, visto que os amigos na altura não ouviam o mesmo estilo. Influenciado por referências como Xtinto ou Lon3r Johny, lança agora o EP “Broken Sky”, disponível em todas as plataformas.

O que te levou a aventurares-te na música?  

Já tinha muitas “maquetes” escritas e muitas rimas perdidas em folhas, escrevia como um refúgio e não propriamente como música em si. O que me levou a entrar e apostar na música foi provavelmente o facto de ter amigos que curtiam do mesmo estilo que eu e acabávamos as noites a improvisar na brincadeira, daí ter feito uma grande introspeção de mim mesmo. Depois a malta começou a dizer que devia começar a lançar faixas e comecei a escrever para isso.

Cada vez mais estou apaixonado pela arte e pela maneira com que me consigo exprimir através da música, daí a estar a levar à mesma com grande seriedade e empenho. No fundo é uma liberdade que nunca tinha presenciado e, acima de tudo, que me faz feliz.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Eu não sei o que vai na cabeça das pessoas, mas acho que o pessoal está a reagir muito bem ao que tenho lançado. Não é fácil ser um upcoming artist sem nada na back, contudo tenho um grupo de amigos excelente e uma equipa incrível, o que me ajuda a criar mais e melhor. Gosto de saber que me apoiam e que acreditam na minha visão, é um kind of love que eu nunca tinha experienciado e fico grato a todos os que me apoiam e partilham o meu trabalho. Significa o mundo para mim poder expressar-me e as pessoas darem relate no que canto e nos temas que abordo e ver pelas partilhas que fazem que acreditam no meu potencial, priceless.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Sempre ouvi variados estilos musicais. Back in the days ouvia muitos clássicos americanos do hip-hop que foram grandes influências para mim e, hoje em dia, procuro sonoridades e esquemas de escrita que me toquem. A nível internacional ouço bastante Kendrick Lamar, Kanye West, Jay Z, Drake, Lil Baby, Tory Lanez e Don Toliver, pela maneira como conjugam sonoridades e letras.

A nível nacional, o que mais me influenciou no início foram clássicos como Valete, Sam the Kid e mais tarde Dillaz. Não só pela musicalidade mas muito pelas letras que escreviam. Visto que na altura só escrevia para mim, eram boas referências para limar e para conseguir passar e abordar temas de maneira eficaz.

Hoje em dia os artistas portugueses que mais admiro e sinto são o Xtinto, um dos maiores génios liricistas da atualidade, Rafael Dior que também se estreou no ano passado mas claramente provou que veio para ficar, Lon3r Johny, que para mim é um visionário musical e tem capacidade internacional e Cripta, um rapper, produtor e engenheiro de som com o qual tenho vindo a trabalhar e que esteve por detrás da mistura e masterização do meu EP quase por inteiro  e que admiro muito, com certeza que vai brilhar muito nos próximos anos.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Não gosto de pôr limites nas coisas, a música faz-me bem, faz-me ser eu e ser feliz ao sê-lo. Sei que é clichê mas a verdade é que se a música for feita com sentimento, trabalho, dedicação e paixão acho que as coisas mais cedo ou mais tarde acabam por “rebentar” e ir na direção que têm de ir. Sou uma pessoa que neste momento sinto-me bem com o que estou a mostrar ao público, gosto da minha música e de saber que mais pessoas gostam também é incrível para mim.

Vou continuar a dar o meu melhor e tentar chegar o mais longe possível. O sonho é ser eterno, aproveitar toda a caminhada seja para que caminho for e, à medida que vou avançando, quero sentir-me realizado enquanto me expresso e dou o melhor de mim. Quero continuar a fazer o que gosto e não me quero limitar em nenhum aspeto, nem o céu é limite para a criatividade e para o sonho.

Noiatt: “Interpreto comentários como ‘isto é estranho’ de forma positiva”

Mais conhecido por Noia, Nuno está ligado à música desde os 16 anos, sempre com um gosto especial pelo movimento punk hardcore. Lançou o seu primeiro projeto em 2018 e, mais recentemente, divulgou o EP Simulacro, uma tentativa de estudo àquilo que é ou não real influenciado pelo “Matrix”, e pelo livro que influenciou o Matrix (“Simulacra and Simulation”). Em conversa com a Hip Hop Rádio revelou as suas influências, os primeiros passos no mundo da música e ainda como surgiu a ideia do novo EP.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

A minha paixão pelo hip-hop surgiu perto dos onze anos de idade, depois de ouvir o “Podes fugir mas não te podes esconder” dos Da Weasel. Eu já gostava de punk rock, mas a mistura que Da Weasel fazia era o melhor dos dois mundos. De seguida conheci Mind da gap devido ao som “Nortesul” (do “Sem Cerimónias”) porque tinha feat. do Virgul e do Pacman, e fiquei viciado em Mundo Complexo que literalmente comprei ao calhas numa loja de discos.

Depois comecei a ouvir os nomes emergentes da altura, Sam the kid, Dealema, Xeg, Valete, Chullage, Regula, J cap, Fuse, etc. No entanto, mesmo com este passado de ouvir hip-hop, o punk hardcore foi o movimento que abracei na minha adolescência. Na altura a rebeldia, a energia e o “querer fazer agora” falou mais alto e foi o que me levou a apaixonar pelo movimento.

O que te levou a aventurares-te na música? 

Se falarmos de música em geral, eu sempre quis fazer um projeto mas não conhecia malta que tocasse. Mas, perto dos meus 16 anos, conheci um rapaz que me convidou para a que iria ser a minha primeira banda. No entanto, mesmo tocando numa banda de música pesada, eu sempre tive o bichinho de fazer algo relacionado com o hip-hop, e foi quando fiz Erasmus em Dublin, em 2015, que decidi que iria criar este projeto.

Respondendo diretamente à questão, o que me levou a aventurar-me na música foi a necessidade de criar extraindo de mim próprio. Eu tenho uma necessidade extrema de criar, para fins terapêuticos.

Como surgiu a ideia para o EP Simulacro?

O EP em traços gerais fala sobre as várias camadas do sujeito numa ótica existencialista, as suas ações, sentimentos, e a sua própria vivência. Extremamente influenciado pelo “Matrix”, e pelo livro que influenciou o Matrix (“Simulacra and Simulation”), o EP é uma tentativa de estudo àquilo que é ou não real. Daí o nome “Simulacro” (uma representação ou imitação de uma pessoa ou coisa.)

A nível da produção, optei por produzir instrumentais com caráter eletrónico com fontes do UK. Navego entre o grime, garage, two step, dubstep, drill, sendo que a entrega final é hip-hop oriented.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Até agora o feedback tem sido positivo. Entendo perfeitamente que seja algo mais difícil de entrar nos ouvidos pois não é diretamente hip-hop, tem várias influências associadas. No entanto, interpreto comentários como “isto é estranho” de forma positiva. So far so good.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Se tivermos a falar de hip-hop tenho que referir MF Doom, por ser a personificação de hip-hop, para mim, e um verdadeiro vilão a escrever e a compor, Dirty Dike, devido ao humor e sarcasmo, The Streets, por fazerem uma fusão única de som e poesia, Non Phixion, Necro e Ill Bill, pela rawness e liricismo. E para não ficar mal não dizer uma influência portuguesa, o Serial, dos Mind Da Gap, por estar muito à frente do seu tempo em termos de beatmaking.

Um bocado mais fora da cultura hip-hop sigo a cultura do UK Grime que, por sua vez, foi uma grande influência para este projeto. E Moby por ser um all time favourite artist.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

O céu é o limite. Quero tocar bastante. O grande objetivo para mim seria estabelecer-me como um artista fora do padrão. As pessoas já saberem em antemão que vem algo diferente deste lado.

SINDROMA: “no dia em que sai um projeto, o próximo já tem de ir a meio”

Nascido e criado em Odivelas, Ricardo Mascarenhas já tem vários trabalhos lançados, nomeadamente Logoterapia (2009), Bootlegt (2011) e Sin City (2015) . Mais conhecido por Sindroma, lança este ano a tape Easy Jet Pilot onde conta a história de um piloto, que, em 12 faixas, faz uma viagem sobre a sua vida, com pormenores que muitos se podem identificar, como a depressão, desemprego, crise financeira, crises existenciais ou drogas. Fica a conhecê-lo um pouco melhor nesta pequena entrevista.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

A paixão pelo hip-hop surge de forma acentuada, com a chegada da Tv cabo a minha casa (1997 canal Viva e MTV mais tarde MCM), abrindo assim os meus horizontes para todo um cardápio de músicas a partir de videoclips, entrevistas, live acts, etc.

O que te levou a aventurares-te na música?

Acima de tudo, o feeling de ser um fã incondicional das coisas que ouvia, de alguma forma sempre vi como algo que me identificava a 100%, mesmo que viesse de um mundo muito diferente e paralelo do meu, só o tentar fazer algo parecido seria algo maravilhoso. Outro dos fatores foi a necessidade de expressão dos meus pensamentos, ao iniciar o processo escrita apercebi-me que muitas das vezes só refletia realmente sobre algo ao tentar escrever em verso os pensamentos que tinha sobre algo.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Blackmoon, Smif n wessun, Wu-tang Clan, Cypress Hill, Redman, Method Man, Busta Rhymes, Schoolboy Q , Asap Rocky, Currensy, Action Bronson, Dead Prez, Chullage, Sam da Kid, Dilated Peoples, Mos Def, EPMD, etc.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Sky is the limit for people like me, gostaria de chegar a um estatudo de reconhecimento que não me levasse propriamente à fama, mas sim me permitisse o reconhecimento devido, de forma a que no futuro possa criar mais contéudos (mais criativos e com mais gente incorporada das mais variadas áreas artisticas). Gostava também de dar a minha perspetiva nos mais variados details da vida e permitir ao ouvinte captar a minha informação, chegando a novas premissas no seu pensamento.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

O minha estratégia sempre foi: no dia em que sai um projeto, o próximo já tem de ir a meio, logo num futuro próximo estarei de volta ao estúdio para gravar material novo, assim como terei mais videoclips do projeto Easy Jet Pilot para sair, bem como mais temáticas em formato de documentário.

Auge e Relax.mkf: “Havia também o sentimento de fazer parte de algo especial”

Auge e Relax.mkf acabam de soltar “Grelado Misto”, o primeiro lançamento da produtora Paper Bag. O back & forth agitado entre os artistas anuncia um “atrelado de artes de outros tipos” neste tema. A curiosidade para ouvir mais sonoridades dos dois juntos ficou instalada, por enquanto fica a conhecê-los um pouco melhor nesta pequena entrevista.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Auge – 1997/1998

Relax.mkf – Finais de 90, inícios de 2000.

O que te levou a aventurares-te na música?  

Auge – Concretamente, não sei. Talvez a necessidade de exprimir a minha criatividade. Havia também o sentimento de fazer parte de algo especial, ser diferente.

Relax.mkf – A vontade de criar, de me auto-superar, de querer fazer parte de algo que fugisse um pouco à regra. 

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Auge – Acho que positivo.

Relax.mfk – Em grande parte tem sido positivo.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Auge – É muito complicado responder a isso. É uma lista que vai variando todos os anos. Dos óbvios aos menos óbvios. A primeira, Guru, a mais recente, 6lack.

Relax.mfk – Uma pergunta complicada… Da primeira à mais atual, REDMAN – Muddy Waters e REASON – New Beginnings.

Onde gostavam de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Auge – O meu objetivo atualmente, é concluir e difundir tudo aquilo que faço ASAP. Levar a minha música o mais rápido possível, ao maior número de pessoas possível.

Relax.mfk – Ao maior número de gente possível! Fazer estrada, criar cada vez mais, fazer mais colaborações, por aí…

Conseguem revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

Auge – PAPER BAG! A produtora que acabámos de criar. Será ela o veículo para todos os projetos e para something bigger.

Relax.mfk – PAPERBAG ALL DAY LONG! Está muita coisa no forno, é o que posso adiantar.

CHI: “Nunca levo conselhos de pessoas com menos sucesso do que eu”

Chegou às ruas o novo single de Chi, Way Yo, com muita atitude e rimas de outros tipos, ou melhor, de outras línguas. A artista contou-nos um pouco da sua história de amor com o hip-hop, objetivos com a música, filosofias de vida e mais.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Lembro-me da primeira música que me fez estudar, ir procurar e pesquisar o hip hop. Era a  ”Nasty Girl” dedicatória a BIG e aí a vida ficou melhor.

O que te levou a aventurares-te na música?   

Sempre fez parte de mim, mas acho que foi na altura mais baixa da minha vida, tornou-se uma razão para me levantar da cama. Mais que uma aventura, uma salvação.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Melhor que as expetativas que tinha, mas tenho uma filosofia de vida que é: nunca levo conselhos de pessoas com menos sucesso do que eu.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

2Pac

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Quero pisar palcos mundiais, quero inspirar, quero (quem sabe) salvar vidas com as minhas letras, mas acima de tudo, quero deixar a minha mensagem, a minha marca no mundo.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

Vou ensinar o que é lealdade no meu próximo projeto.

Truekey: “Quero fazer música com qualidade e com respeito pelos meus valores”

“Fica Longe” é o mais recente single do Truekey, artista que já conta com um álbum e um projeto a solo, bem como uns quantos singles já divulgados. Colaborando com nomes como NastyFactor ou Fumaxa, o rapper de Odivelas tem vindo a lançar temas que espelham as suas vivências, reportando emoções, sentimentos e acima de tudo conclusões e fechos de ciclo.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Há muitos anos atrás quando a minha irmã, com mais 9 anos que eu, punha Eminem em casa. Eu devia ter aproximadamente 7 ou 8 anos.

O que te levou a aventurares-te na música?   

Não olho para isto como uma aventura, no sentido da palavra. É mais um “Go with a flow”, uma paixão que deu frutos.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Recebo algumas mensagens carinhosas das pessoas que vão acompanhando o meu trabalho com mais atenção. Fico feliz por saber que a música que eu e a minha equipa criamos tem um alcance emocional, e permite conectar-nos com os outros.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Sam the Kid e Valete foram as minhas maiores e mais importantes influências no hip hop português. Com o passar dos anos fui tendo uma visão mais ampla a nível musical, e comecei a ouvir diferentes tipos de música, de diferentes países e diferentes línguas.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Só quero fazer música com qualidade e com respeito pelos meus valores. Onde eu vou chegar não sei, sei apenas que vou trabalhar bastante, tal como tenho feito até agora.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

“Rumo Novo” o meu próximo EP que vai estar disponível nos próximos meses, e posso adiantar que um dos singles vai sair já nas próximas semanas. O produtor do EP é do Algarve DVS Keys, que também é rapper, mas participa no projeto como produtor apenas. O produtor Monksmith também deu o seu contributo em todas as faixas a nível de produção, e o rapper/produtor Nastyfactor deu o seu contributo numa vertente mais técnica da sonoridade.

Peculiar&Freak e Coast:”O Descontentamento Contente foi apenas a primeira peça de um projeto muito maior”

Diretamente de Faro, Peculiar&Freak e Coast agarram qualquer ouvido pela singularidade das melodias. “Descontentamento Contente” é o primeiro single que junta os dois depois da colaboração no cover de Lágrimas, de Slow J, lançado no início do mês de outubro. Fica a conhecê-los um pouco melhor e o que os inspira na criação de letras e sonoridades tão únicas.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Peculiar&Freak (P&F) – O hip-hop não me conquistou de imediato. Ao longo dos anos fui apresentado ao hip-hop várias vezes, principalmente por amigos e pela minha geração, contudo, talvez por ser tão mainstream ou por não entender ainda a sua complexidade e profundidade, nunca foi algo que me chamasse a atenção.

De forma geral sempre gostei muito mais de cantar e dos estilos associados como R&B, Jazz, Indie, Pop do que propriamente Rap, no entanto, há cerca de um ano comecei a tropeçar no hip-hop através das minhas playlists do spotify, sendo que me interessei principalmente nos beats que tinham samplings de Jazz.

Fiquei viciado no embalo da métrica, fascinado pela fusão dos estilos Hip-Hop (novo) e Jazz (velho) e isso levou-me eventualmente ao hip-hop tuga, onde devido ao português começei a perceber a riqueza lírica de cada verso e a história por detrás de cada som. Desde então são raros os dias em que não tomo a minha dose de Slow J, Praso, Alcool Club, Capicua, etc…

Coast – Não me lembro em concreto de quando, mas a paixão surgiu em puto, embora tenha tido maior influência o ano em que fui morar para a Margem Sul, na altura tinha uns 13/14 anos e foi aí que comecei a ouvir mais.

O que te levou a aventurares-te na música?

P&F – A música sempre esteve presente na minha vida. As canções que o meu avô me entoava quando era pequenino, o coro da minha escola primária e principalmente o Conservatório onde in(conscientemente) ganhei a maior parte das minhas fundações musicais. Mas foi no 10º que compus a minha primeira música, tive uma ideia de uma melodia a meio de uma aula de Físico-Química e começei a escrever uns versos no caderno que eventualmente terminei em casa.

Na altura já cantava uns covers no Instagram mas nunca tinha feito algo original. Sempre adorei cantar e tocar guitarra, mas foi uma sensação completamente única criar algo tão pessoal e íntimo pela primeira vez. A excitação ao encaixar cada palavra no papel, ao encontrar aquele último acorde que só existia na minha imaginação e depois finalmente fundir todos aqueles elementos numa música só, foi “BRUTAL”.

Para mim as músicas estavam tão fixes que só as queria mostrar à minha família, aos meus amigos e eventualmente a toda a gente. Tive a sorte de conhecer outro pessoal da minha idade que também tinha a mesma paixão que eu e com uma ajuda aqui e ali consegui começar a gravar e colocar a minha arte cá fora. Desde então nunca parei.

Coast – O bichinho pela escrita apareceu mais tarde, quando voltei para o Algarve, mas na altura escrevia só por diversão mesmo, punha uns beats básicos e acabava por sair alguma cena. Só aos 16 é que decidi levar isto um pouco mais a sério. Falei com um amigo meu, Vicente Leal, que por acaso estava na mesma onda que eu e decidimos então criar um grupo, os Flowmen. Chegámos a dar uns concertos em festas e campanhas de listas. Entretanto ele foi estudar para Londres e a maioria dos nossos sons nunca chegaram a sair, mas posso dizer que teremos novidades em breve.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

P&F – Felizmente tem sido bom. Eu sinto que cada música que tenho é completamente diferente das outras, o que me deixa contente. Contudo tenho algum receio que, por não ser coerente e por transitar de géneros de forma tão fluída, acabe por não conseguir atrair um público estável. Até agora, no entanto, só tenho recebido elogios em relação a todas as minhas produções, por isso penso que devo estar a fazer algo bem.

Apesar de agradar às pessoas, sinto-me insatisfeito com o meu alcance. Oportunidades de divulgação são raras e difíceis de arranjar por isso gostaria desde já de agradecer-vos por esta!

Coast – O feedback é geralmente positivo, claro que nunca está 100% bom, mas foram precisamente esses erros cometidos ao início que me permitiram evoluir até hoje, estou sempre a aprender, quer seja com os meus erros ou por influência de grandes nomes da cultura.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

P&F – A cultura que me rodeia é principalmente musical, e é dela que eu retiro a maioria das minhas inspirações. O meu gosto tem evoluído com o tempo, mas há certos artistas que me marcaram. Alguns deles são Ella Fitzgerald, Fkj, Ashe, Rejjie Snow e Slow J.

Eu tento várias vezes ter uma sonoridade parecida a certos artistas que admiro, mas nunca consigo fazê-lo. Todavia ainda não consegui perceber se é algo bom, porque significa que já tenho a minha própria, ou se simplesmente significa que ainda não atingi esse patamar de produção.

Coast – É um bocado complicado dar nomes, mas alguns artistas que me inspiraram bastante ao longo do tempo e que me vêm agora à cabeça são o Papillon, Slow J, Profjam, Força Suprema, Mobb Deep, Tupac e Biggie, Dillaz.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

P&F – Estabelecido penso que não, mas gostava que a música fosse no futuro a minha principal ocupação, apesar de também querer trabalhar na área da rádio e noutras vertentes artísticas. Por agora foco-me em concluir um projeto de cada vez.

Coast – Sinceramente já levei a música mais a sério, quando criámos os Flowmen as ambições eram diferentes. Hoje em dia olho para a música como uma maneira de libertação, de expressar por vezes como me sinto ou até mesmo quando me sinto inspirado para escrever uma cena diferente. Nunca com altas expectativas, faço isto para me distrair e porque gosto, não para chegar a algum lado. Quero que as pessoas sintam a cena. O importante para mim é os sons saírem e o feedback que recebo.

Conseguem revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estão a pensar nisso?

P&F – O Descontentamento Contente foi apenas a primeira peça de um projeto muito maior. Esta sexta-feira, dia 30 de outubro às 18h, vou lançar outro som em colaboração com um artista brasileiro (Samm Costa), em novembro vou lançar outras duas músicas, sendo uma delas também uma colaboração, e finalmente em dezembro sairá o meu primeiro EP composto por outras três músicas.

Coast – Como já referi anteriormente, tenho algumas cenas por gravar com o Vicente e mais alguns amigos meus. Mas ultimamente tenho trabalhado num som mais underground e o beat remete um pouco de trap, um bocado diferente do meu estilo que é o boom bap, e posso-vos dizer que estou bastante satisfeito com o resultado, é esperar para ver.

Kappatroys:”Quando estou a criar estou a divertir-me, é isso que me move”

Mais conhecido por Kappatroys, Bruno Riesenberger faz parte do duo XSHIT, juntamente com Boogiesteez. Enquanto ouvia alguns canais televisivos, como a MTV ou o Sol Música, o hip-hop começou a crescer dentro de si, tornando o ritmo das músicas cada vez mais contagiante. Mais tarde, entre brincadeiras de amigos, decidiu aventurar-se no mundo da música mais a sério, com o lançamento do primeiro EP em 2016.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Comecei a comprar alguns CD’s quando recebia dinheiro de familiares e mais tarde, quando a internet facilitou o acesso, passava algumas tardes a pesquisar música dos artistas que mais me chamavam atenção. Na altura era só ouvinte e não me passava pela cabeça começar a rimar.

O que te levou a aventurares-te na música?

Comecei a cantar em 2015, numa altura em que vivia com 3 amigos em Londres. Um deles, o Fresh a.k.a Phunky Dee, já cantava e produzia na altura e montou o estúdio dele na sala. Fomos fazendo algumas brincadeiras até que decidi começar a levar a música mais a sério e criámos um EP em conjunto (Kappatroys X Fresh) que lançámos em 2016, sendo esse o meu primeiro projeto no mundo da música.

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

Do feedback que me chega até tem sido positivo, as pessoas que tenho mais próximas de mim na música também estão sempre a motivar-me para fazer mais e melhor.

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Sou uma pessoa que passa muito tempo a ouvir música e acho que fui influenciado por uma longa lista de artistas em diferentes fases da minha vida. Alguns dos nomes que me vêm a cabeça a nível internacional são: Wu-tang, Mobb Deep, Nas, Biggie, Jay-Z, Common, Mos Def, Benny the Butcher, Conway, Westside Gunn, Pusha T, Joey Badass, The Underachievers, Flatbush Zombies, Kendrick Lamar, Schoolboy Q e Asap Rocky. A nível nacional Sam the Kid e Regula.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Acho que antes desta pergunta nunca tinha pensado onde gostaria de chegar com a música. Por norma quando estou a criar estou a divertir-me, é isso que me move. O único objetivo que tenho por agora é continuar a fazer música e a evoluir a minha sonoridade.

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

Para além do meu primeiro EP a solo “MVNG DFRNT”, que saiu no dia 4 de outubro, tenho vários singles da XSHIT a caminho nos próximos meses. Para quem não sabe, XSHIT é um duo do qual eu faço parte em conjunto com o Boogiesteez.

Franko:”O meu objetivo sempre foi fazer aquilo que me fazia sentir bem”

Franko aventurou-se no mundo do rap com apenas 16 anos, quando lançou a sua primeira mixtape em formato físico, que atualmente não se encontra disponível online. Desde então, já soma dois EP’s, 4 singles lançados só desde o início deste ano e continua ainda a dar cartas com a antecipação de um novo tema já para outubro. Natural da Covilhã, já passou pelas Caldas Rainha mas agora faz de Lisboa a sua casa.

Quando surgiu a paixão pelo hip-hop?

Sempre gostei de música, fosse Rock, House, Hip Hop ou até Jazz e desde novo que me “envolvi” com a música tendo aos 15 anos feito a minha primeira letra e posteriormente aos 16 lançado o meu primeiro tema. Posso dizer que foi por essa altura que me comecei a  dedicar muito mais ao hip-hop tendo desenvolvido essa paixão. 

O que te levou a aventurares-te na música?

Como referi, desde novo que me relaciono bastante bem com a música. Aos 14 anos tive o meu primeiro instrumento, uma guitarra elétrica e provavelmente foi o clique que precisava para entrar no “mundo da música”. Sempre tive muitas referências e senti ao longo dos anos uma necessidade de me expressar tendo encontrado no Rap o meu “escape”. 

Como tem sido o feedback do pessoal à tua música?

A minha malta apoia-me imenso e tem reagido bem, melhor do que esperava para ser honesto, tenho a certeza que estou rodeado das pessoas certas e sei que para o bem e para o mal eles estão lá. 

Quais as tuas maiores influências dentro da cultura?

Tenho muitas referências. Para já não quero puxar à conversa nomes sonantes mas posso-vos dizer que uma das minhas maiores referências, tanto do lado musical como lado pessoal, é o Raúl Muta. Para quem não conhece aconselho vivamente uma breve pesquisa. Se passarmos para outras dimensões posso referir a nível nacional o Sam The Kid, Regula, Valete e a nível internacional Tech N9ne, Krs One e Eminem por exemplo.

Onde gostavas de chegar com a música? Tens algum objetivo já estabelecido?

Sempre tive presente na minha mente que o meu objetivo sempre foi fazer aquilo que me fazia sentir bem. O facto de poder partilhar com outras pessoas e receber bons feedbacks sobre o meu trabalho já é algo fantástico e não escondo a vontade de vir a pisar grandes palcos e tornar-me uma referência para quem me ouve. 

Consegues revelar algum projeto que esteja para sair, se é que estás a pensar nisso?

De momento estou a trabalhar em alguns temas que pretendo colocar nas ruas mas posso antecipar que vou lançar um tema novo em meados de outubro com videoclip.