“Todo o ano” é o novo som de Damaz Mc. Depois de ter lançado o tema “Get Down“, o rapper do Barreiro apresenta agora uma nova faixa, que conta com instrumental de Catalão, mix e master de Saraiva e scratch de Dj Algore: todos eles elementos do coletivo Umrap. A capa ficou a cargo de Woodzoom.
Esta música faz parte do “puzzle” que é o álbum “Páginas Soltas“, a ser construído no Youtube.
Depois do sucesso do seu EP de estreia “Aura“, lançado em 2020, Nenny, com apenas 18 anos, continua a surpreender. Desta vez, a autora de “Bússola” foi convidada a atuar numa das mais respeitadas plataformas de música da esfera atual: “A Colors Show“.
Depois de grandes personalidades como Dino D´Santiago e Mayra Andrade, foi a vez de Nenny representar a lusofonia, pisando o palco deste popular programa, onde já atuaram poderosos nomes do Hip Hop como Freddie Gibbs, ScHoolboy Q e Little Simz.
Vermelho foi a cor eleita para o episódio, uma cor apropriada para esta calorosa performance do tema “Tequila“, uma música ritmada que convida qualquer um a dançar.
A atuação encontra-se disponível no Youtube, e a faixa ,”Tequila” , no Spotify.
Perante um novo capítulo da sua vida, com todos os desafios que a paternidade traz e juntamente com a necessidade constante de se melhorar individualmente, “Animália” é simultaneamente um testemunho de uma mudança, consequente da superação de dificuldades, e um hino ao início de algo melhor, que ainda está por vir.
“Animália” saiu no passado dia 11 de dezembro, com uma capa claramente ilustrativa do título. Qual o conceito deste projeto e porquê a escolha desta temática?
“Animália” surgiu há cerca de dois anos. É um projeto que fala do comportamento humano baseado e inspirado nas minhas vivências, nas minhas ações e acaba por ser uma autocrítica. Tem também outro lado, o lado positivo, que é o lado da liberdade. Passando pela capa, que foi feita por um grande amigo meu artista plástico, Zé Ardisson, foi escolhido o lince ibérico. Este é um animal que está em vias de extinção, não da minha zona, mas que já habitou em Portugal durante algum tempo. Foi a imagem que o artista quis dar à capa e que eu adorei, pois vai ao encontro daquela ligação do homem/animal que eu tento fazer no disco e nas músicas.
Portanto, foi o artista que optou pelo lince?
A finalidade da capa e do lince acaba por ser ideia dele. Sendo eu artista e não designer, quis que ele fizesse algo como se fosse uma peça ou um quadro dele e não apenas um pedido meu específico.
Este álbum tem bem vincada a ideia de metamorfose, quer pela história que contas, quer exatamente por ser um projeto bastante diferente dos anteriores. Sentes que foi o facto de estares numa nova fase da tua vida (até por teres sido pai) que te influenciou a sentires essa necessidade, de passares essa mensagem, através da tua arte?
Este disco não é representativo desta última fase da minha vida, passando pela parte de ter sido pai. Tudo o que engloba o projeto estava definido antes e a única música que vai mais ao encontro disso é a “Papá”, que fala inclusive de vir a ser pai, num futuro próximo, não de já o ser. A ideia para este disco foi sendo construída ao longo do tempo, e senti a necessidade de o lançar o mais rápido possível, especificamente neste ano ainda, pois a minha vida, assim como a de toda a gente, mudou muito; especialmente por ter sido pai. Sendo assim, este projeto não é representativo da fase em que estou, neste preciso momento, mas sim dos últimos dois anos da minha vida. Por isso é quase como que o fechar de um ciclo, e daí querer passar essa ideia de necessidade de metamorfose, de mudar e de me tornar numa pessoa melhor, digamos assim.
Este é um disco que já está em produção há algum tempo, certo?
Sim, começou a ser feito há cerca de dois anos. Toda a ideia do disco tem mais ou menos esse tempo, alguns temas foram concluídos no princípio deste ano ainda, mas não vão ao encontro da pandemia ou do facto de ter sido pai.
Este álbum conta com colaborações muito interessantes, nomeadamente Dj Sims, Brazza, Alice Martin e grandes referências na produção como Lhast e Boss Ac, entre muitos outros nomes. Como se deram estas parcerias?
Este é um projeto muito pessoal, que retrata o que tem sido a minha vida e por isso as participações são todas elas de grandes amigos meus. Tirando a Alice, que conheci há uns anos e não me é assim tão próxima, o Brazza, o Dj Sims, o D.Beat, são todos grandes amigos e colegas de trabalho, já de há muitos anos, e eu quis que este projeto se mantivesse em casa.
Ainda no que toca a colaborações, uma das faixas mais curiosas deste álbum é precisamente a “Pack”, que conta com a participação de Alice Martin. Nessa música há uma parte em alemão, é utilizada uma sample de uma música do Bonga e não deixas de fazer novamente referência ao teu Alentejo. Qual foi a ideia por detrás desta música tão multicultural?
A ideia que eu quis passar foi precisamente o facto de a união fazer a força, neste caso até entre línguas, entre povos, entre raças diferentes. Com esta música quis reforçar aquela ideia de conseguirmos alcançar os nossos objetivos, quando nos unimos e quando ignoramos completamente a parte do ódio, ou daquilo que possa ser mais adverso ao nosso desenvolvimento pessoal e à nossa vida. Há que aproveitar aquilo que realmente temos de bom, como o companheirismo, a amizade e tudo isso.
Na tua faixa “Vou” falas de ires e de te refugiares num porto de abrigo. Para onde vais quando precisas de te inspirar e para onde foges quando precisas de um porto de abrigo?
A “Vou” é das faixas mais antigas do disco. Já tinha o refrão há algum tempo e é um tema que explora a ideia de conhecermos o nosso porto de abrigo; de reconhecermos que é lá que nos sentimos bem e que também é lá que voltamos para nos encontrarmos, mesmo nas fases da nossa vida em que nos sentimos mais perdidos. É sempre bom saber que existe esse lugar, onde reside o amor e a compaixão, seja ele onde for. O nosso cantinho, onde sabemos com o que podemos contar.
Esta é certamente uma altura desafiante para lançares este disco, pelo contexto de pandemia no qual vivemos. Esperas conseguir apresentar este projeto ao vivo brevemente, ou não consideras essa uma questão tão relevante para agora?
Não penso muito nisso, sabes? Quando fiz este disco, não estava à espera de que o mundo caísse aos meus pés (risos) por assim dizer. Este não é propriamente um disco no qual eu procurasse essa notoriedade, é um disco que me liberta de certas emoções, de certos sentimentos, e senti necessidade de o criar por essa mesma razão. Agora está cá fora e espero que as pessoas também consigam encontrar alguma semelhança com a sua vida e com a sua luta interior.
Então não tens planos para um futuro próximo?
Infelizmente não. Podia até tentar organizar algo por minha conta, para tentar apresentar o disco, mas não tenho essa necessidade extrema. É um disco que senti necessidade de lançar, pois senti necessidade de que as pessoas que gostam da minha música o ouvissem. Se daqui a um tempo a nossa vida nos permitir voltar a atuar, e a ser produtivo nesse sentido, terei todo o gosto em apresentá-lo, mas não penso muito nisso, de momento.
Mas isso é ótimo, sentires essa realização pessoal, criar pela necessidade de criar e isso ser o suficiente.
Exato. Às vezes é necessário também fazermos a nossa arte para nós, sem pensar só na recetividade e nos concertos ao vivo e em tudo isso. Por vezes isso baralha-nos um pouco. Aquilo que à partida sentias que seria o disco, ou que querias apresentar, pode ser abafado, se começarmos a pensar demasiado em questões como: “O que será que as pessoas vão achar?” ou “Como será que este disco vai ser recebido?”. Tentei abstrair-me disso e dar o melhor de mim nessa parte e mostrar uma parte de mim que estava mais escondida, um lado mais pessoal. Como já referi, este é um disco com o qual eu espero que as pessoas se identifiquem, ou que pelo menos quem o ouça se identifique e que ajude, de certa forma, quem esteja a passar pelas mesmas situações que eu passei e que passo.
Por fim, sentes que te falta dar algum passo?
Não. Sinto-me realizado, não só por ter sido pai, mas neste momento é de facto aquilo de que mais me orgulho e que me ocupa mais tempo da minha vida. Estou realizado e quero continuar a trabalhar e continuar a fazer música. Espero que 2021 nos permita estar mais em contacto com o público, que exista mais proximidade com as pessoas. Vamos ver o que está reservado, mas vou continuar a trabalhar e a fazer a minha música.
“Animália” encontra-se disponível em todas as plataformas digitais.
“Num ano em que todos tivemos de aprender a recolher e olhar para dentro, Slow J sentiu que o estilo “Lo-fi” foi ficando cada vez mais presente no seu dia-a-dia (…) dessa experiência nasceu “sLO-fi“. Foi assim que a editora do artista, Sente Isto, apresentou nesta segunda-feira o novo projeto de Slow J, uma coletânea de nove beats que unem “a calma e o minimalismo dos beats “Lo-fi”, com a qualidade de produção de Slow J”. Os beats lo-fi caraterizam-se como sendo algo nostálgicos, suaves e relaxantes e este é um género em crescente popularidade, dada a sua procura para o acompanhamento de momentos tão comuns ao nosso quotidiano, como nomeadamente o estudo, meditação ou, agora tão frequente, o teletrabalho. Esta beat tape surge numa altura crucial, dada a necessidade de isolamento face à pandemia. Todas as músicas foram produzidas e misturadas pelo artista, contando ainda com a ajuda do baixista Pedro Dias e masterização de Guilherme Vales.
Este projeto serve assim para relembrar o papel importante que a música tem tido nos últimos tempos – embora o tenha sempre- e da sua capacidade para nos transportar para outros lugares, na ausência da possibilidade de o podermos fazer fisicamente. Esta é uma playlist para ouvir com atenção, não só em dias de chuva, de corpo e alma, para quando ambos pedem calma.
As faixas encontram-se disponíveis em todas as plataformas digitais e, brevemente, em formato físico, em edição limitada, possível de encontrar no site da Sente Isto.
Este poderoso EP é constituído por nove faixas, todas elas escritas por Amon e Nero, produzidas por Groove Synthdrome e com scratch de Dj Sims. O som “Do Nada” conta ainda com a grande participação de Orteum. Para já, as músicas encontram-se disponíveis no Youtube de Raia Records, no entanto, essa não foi a única agradável surpresa do canal hoje: o lançamento da faixa “O Meu Melhor“, que faz parte do EP, fez-se acompanhar de um videoclipe, cuja realização ficou a cargo de Sebastião Santana e produção de Raia. Importante ainda referir que a simbólica ilustração, presente na capa do EP, – também ela por Sebastião Santana- é da autoria de Rúben Silva.
Todas as faixas estarão disponíveis em breve, em todas as outras plataformas.
Como antecipado pela capa do álbum, que aparenta ser uma fotografia de infância do artista, o próprio leva-nos assim numa viagem autobiográfica, com paragens de cariz altamente confessional, em faixas como “Skit“, “Cinzento” e “Velocidade Cruzeiro”, onde se podem ouvir sentidos desabafos e confissões, sobre os mais variados temas.
“A Vida dos Felizes” é uma obra completa, dotada de escrita crua e intimista, e de beats cativantes, para ouvir com atenção. O álbum já se encontra disponível nas plataformas digitais.
Esta sexta-feira 13, de um ano amaldiçoado, viu hoje luz com “Treze”, de Tilt . Com título alusivo à data e instrumental de Lupedigga, 1/3 de Escalpe voltou para assombrar, com outra faixa sombria e a habitual destreza lírica. O vídeo conta com a produção de Raia e realização de Tilt e Sebastião Santana.
Depois de ter lançado “Cinza”, em junho deste ano, João Tamura regressa com uma novidade: uma colaboração com Beiro. Numa temática não muito díspar das que tão bem nos tem habituado, mas com um envolvimento algo diferente, Bixho relata “uma viagem através das sombras da noite na cidade cruel”, guiada pelos versos do próprio e pelos baixos e guitarras de Beiro.
O artista apresenta-nos, novamente, um projeto de cariz intimista, num single despido de idealizações e que serve, em prato frio, uma confissão das dificuldades e inquietações, vividas por alguém que vive e respira arte.
Esta música revela-se assim como sendo um verdadeiro desabafo, em tom de ode citadina, e antecipa um universo de futuras colaborações da dupla, que serão desvendadas em breve.
“Bixho” teve antestreia, em primeira mão, no site da Hip Hop Rádio, e já se encontra disponível no Youtube. O tema ficará disponível em todas as plataformas digitais, dia 13 de novembro.
Nameless acaba de lançar uma nova faixa, “Tikka Masala“. Esta música faz parte do EP do próprio e conta com a colaboração de Nasty Factor – também a cargo do beat- e ZA.
O videoclipe encontra-se disponível no Youtube e promete levar-nos numa viagem gastronómica, com a realização de Gregz.
Após ter lançado o som “Tríptico” e somente para aguçar o apetite aos fãs, que anseiam por “Escalpe“, Nerve lança “Mínimo“, uma nova faixa com letra, mistura, master, voz e vídeo do próprio e instrumental de Ghost Wavvves. A música encontra-se, para já, disponível no Youtube.