Depois de esgotar o Hardclub, Profjam repetiu o feito e esgotou o Capitólio semanas antes da data marcada. O resumo da noite por Daniel Pereira.
Data única em Lisboa. Ao contrário do que aconteceu no Porto, não houve dose dupla na capital para pena de, temos a certeza, muitos fãs que não tiveram oportunidade de comprar bilhete.
Quando chegámos à sala, o ambiente sentido corroborava o que disse anteriormente, estava prestes a acontecer algo muito especial e exclusivo.
Luzes em baixo e de repente uma voz dá a entender que Mário Cotrim está prestes a entrar em palco. Mais precisamente, “the professor” foi a expressão utilizada.
Acompanhado por Mike El Nite e Gui Drums, Profjam optou por “À Palavra” para iniciar o concerto. Escolha óbvio tendo em conta que esta é a primeira faixa da tracklist de #ffffff . Um início seguro que ganhou mais força com o tema que se seguiu: “Queq Queres” meteu todos a cuspir bué. Era noite de apresentação de álbum novo mas os trabalhos passados não foram esquecidos nem por Profjam nem pelo público.
Voltando a #ffffff, “Na minha” e “Na zona” foram as faixas que se seguiram, esta última roubando os primeiros passos de dança.
Profjam decidiu depois “Matar o Game” e agora era tempo para um “momento Xamã”, segundo palavras Mike El Nite que a seguir daria lugar a “Caveira”.
“Gwapo” trouxe a palco Yuzi num dos temas mais celebrados da noite… até então, pois o seguinte foi “Mortalhas” e instalou-se um autêntico riot.
Luzes baixam, Profjam sai de palco mas não é o final de concerto, apenas um interlúdio. “Todas as cores vivem dentro do ar” e todos tiveram uma pausa para recuperar o fôlego, incluindo Mário, que bem precisava, pois o que se seguia requeria descanso prévio.
Hino é a faixa de #ffffff mais rica em termos de lírica e é bom ver o quão bem funciona ao vivo, mesmo que Profjam seja o único da sala que consiga debitar todas as dicas.
Depois de Hino, seguiu-se mais um hino em plena ascensão. “À Vontade” trouxe a palco Fínix MG que, juntamente com Profjam, puseram todo o Capitólio a cantar o refrão. Faixa dedicada aos pais de Prof (a mãe estava presente) neste que foi um dos momentos mais bonitos do concerto.
Seguiu-se o hit “Eu Tou Bem” e com ele veio o momento mais inesperado da noite. Lhast atuou pela primeira vez ao vivo sem ser atrás dos pratos. O Refrão pertence-lhe e esteve bastante seguro numa tarefa que não lhe é habitual.
Nesta altura Mike El Nite dizia que “Este álbum elevou a fasquia no Hip-Hop Tuga”. Perante isto podíamos ir além-fronteiras e então fomos. “Malibú” é uma música capaz de meter qualquer club ao rubro e no Capitólio a vibe não foi diferente.
Numa fase final de concerto o primeiro single de #ffffff claramente não podia ficar de fora. “Água De Côco” deixou todos em apoteose e “Se calhar” finalizou, com todos a questionar o que vai na cabeça do líder da Think Music para fazer música tão boa.
“Eu nunca soube
Não posso ajudar
Vivo no sonho
Até alguém me acordar”
A realidade é que ninguém quer acordar Profjam, queremos todos continuar a sonhar com ele.
Fotogaleria por Alicia Gomes aqui.